Aumento da violência preocupa autoridades

O AUMENTO de casos de violência sexual e doméstica continua a preocupar o executivo da província de Sofala.

No ano passado, a título ilustrativo, foram registados 99 casos, com pendor para a violência sexual e agressões físicas. São números que não tranquilizam as autoridades, que prometem maior rigor no tratamento de casos do género.

Segundo a porta-voz do Conselho de Serviços de Representação do Estado (CSRE), Ermelinda Maquenze, a violência, cada vez mais crescente, está a resultar na destruição de lares, aumentando, consequentemente, o número de pessoas que dependem da solidariedade e do apoio institucional de serviços sociais para a sobrevivência.

Associado à violência, estão também as manifestações pós-eleitorais que só em Dezembro último resultaram na destruição e saque de cerca de 80 estabelecimentos, causando prejuízos elevados.

“São acções que colocam novos desafios à sociedade, para além de contribuírem para o aumento do desemprego e da criminaldade”, lamentou.

Entretanto, apesar desses constrangimentos, Maquenze disse que o desempenho do CSRE foi aceitável, tendo em conta que o Plano Económico e Social e Orçamento do Estado para 2024 foi implementado num cenário de restrições orçamentais.

“Dos 124 indicadores planificados para 2024, 94 tiveram uma execução igual ou superior a 100 por cento, o que corresponde a uma realização de 75,81 por cento. Temos também 7 indicadores que estão com uma execução abaixo de 50 por cento, mas estamos animados com o balanço, porque nos oferece esperança de uma melhor execução ao longo do ano corrente”, contabilizou Maquenze.

A título ilustrativo, apontou o crescimento da produção global em 4,5 por cento,  correspondente a 75,92 mil milhões de meticais e os sectores que mais contribuíram foram a Agricultura, produção animal, caça e floresta, com 46,9 por cento e Indústria transformadora com 22,1.

Acrescentou que a Pesca Industrial atingiu 4.822,10 toneladas, representando uma realização em mais de 100 por cento,  enquanto a pesca semi-industrial teve uma realização de 71,17 por cento, ou seja  503,32 toneladas.

Maquenze referiu ainda que não foram registadas, durante as festas do final de ano,  rupturas de “stock” de produtos básicos, açambarcamento de produtos e especulação de preços. De um plano de 378.948,57 toneladas de produtos diversos necessários, a província contou com um “stock” global de 598.768,62 toneladas.

“Houve uma excelente colaboração dos agentes económicos de diferentes ramos de actividades e dos consumidores em geral na manutenção de um ambiente ordeiro e de tranquilidade pública”, avaliou.

“Foram criados 54.544 postos de emprego, dos quais 7517 permanentes, 16.070 sazonais e 30.957 ocasionais. São números encorajadores, apesar de reconhecermos que há ainda muito trabalho a ser feito no combate ao desemprego”, disse Ermelinda Maquenze.

Destacou as novas 9085 ligações domiciliárias à rede eléctrica, realizadas na cidade da Beira, a par de outras em Caia (15), Cheringoma-Inhaminga (323), Dondo (656), Nhamatanda (914), Chemba (16), Gorongosa (609) e Marínguè (153).

O crescimento deveu-se ao financiamento do Banco Mundial elevando a taxa de cobertura para 63 por cento.

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