Nacional População invade mina de turmalina em Manica Por Jornal Notícias Há 13 horas Criado por Jornal Notícias Há 13 horas 338 Visualizações Compartilhar 0FacebookTwitterPinterestEmail 338 BERNARDO JEQUETE A POPULAÇÃO de Nhampassa, no distrito de Báruè, em Manica, invadiu e explora uma mina de turmalina, alegando incumprimento das promessas de responsabilidade social pela empresa concessionária, a Sominha, Lda. A invasão acontece há três meses, com a população a acusar o empresário Nadat que, desde 2007, vinha explorando turmalina de não honrar os acordos com a população aquando da concessão da mina. Quando a mina foi concessionada, a empresa comprometeu-se em construir anualmente dez casas para a população, mais uma escola secundária, hospital, reabilitar a estrada principal, abrir furos de água e comprar uma ambulância. Entretanto, volvidos 18 anos, foram edificadas apenas seis habitações, ainda na fase de acabamentos levando ao descontentamento da população, que decidiu invadir a mina e explorar os recursos existentes. Na sequência, a administração distrital de Báruè emitiu um comunicado no qual ordenava ao abandono imediato da mina, mas a decisão não foi acatada pela população. Matias Meneses, um dos representantes da população, manifestou o descontentamento com o empresário, que na sua opinião seduziu a população e as autoridades locais ao fazer promessas que não chegou a cumprir. Explicou que a invasão visa reivindicar direitos não cumpridos por mais de 18 anos. Estamos aqui a explorar nossos próprios recursos porque o empresário não fez nada por nós”, afirmou. Meneses mostrou-se agastado com aquilo que considera de indiferença da empresa problemas sociais enfrentados pelos residentes de Nhampassa e que nada fez durante este período, para além de pilhar os recursos de que o posto administrativo dispõe. Bernardo Tempo, outro representante, sugeriu a criação de uma associação para gerir a mina e os recursos de forma autónoma. Tempo apelou ao governo para intervir e buscar uma solução pacífica. “Pedimos que o governo nos ajude a resolver este conflito, sem recurso à força policial”, disse. David Franque, administrador de Báruè, reconhece que a empresa não cumpriu as suas obrigações de responsabilidade social e afirma que “a população invadiu a mina no período das manifestações pós-eleitorais e, na altura, não havia condições para negociação. O empresário não está a implementar acções que beneficiem a comunidade”, declarou. O responsável manifestou preocupação em relação à exploração desordenada de recursos que, embora compreensível, devido ao descaso da empresa, levanta problemas de sustentabilidade e a segurança dos garimpeiros. Segundo Franque, o conflito instalado entre a população de Nhampassa e a Sominha ,Lda. revela falhas na implementação das acções de responsabilidade social e a não se resolver, pode agravar-se, gerando consequências adversas para ambos os lados. Para além de turmalina, a mina também contém quartzo, mineral crucial para a indústria óptica, electrónica e de instrumentação. Leia mais… Você pode gostar também Mãe e filhos assassinados na Zambézia Natal para reflexão sobre o valor da união Fundo aloca 580 milhões para estradas urbanas Dois veículos incendiados em Tete INVASÃOMANICAMINATURMALINA Compartilhar 0 FacebookTwitterPinterestEmail Artigo anterior Aumento da violência preocupa autoridades Próxima artigo POSTO ADMINISTRATIVO DE MALUANA: Sobe para doze número de mortes por acidente Artigos que também podes gostar Nova vaga de inundações ameaça Gaza Há 8 horas Dugongo: Custos de produção não permitem baixar preço do cimento Há 11 horas POSTO ADMINISTRATIVO DE MALUANA: Sobe para doze número de mortes por acidente Há 12 horas RECRUDESCIMENTO DE ASSALTOS: PRM retoma interacção com a comunidade Há 13 horas VANDALIZAÇÕES NA SAÚDE: Reposição de insumos pode levar pelo menos 18 meses Há 14 horas EMOSE não cobre danos resultantes das manifestações políticas Há 1 dia