Terça-feira, 18 Fevereiro, 2025
Início » VANDALIZAÇÕES NA SAÚDE: Reposição de insumos pode levar pelo menos 18 meses

VANDALIZAÇÕES NA SAÚDE: Reposição de insumos pode levar pelo menos 18 meses

Por Jornal Notícias
628 Visualizações

MOÇAMBIQUE pode precisar, no mínimo, de 18 meses para repor os equipamentos e materiais medico-cirúrgicos destruídos no armazém central, na cidade de Maputo, o que vai, naturalmente, prejudicar significativamente a qualidade de prestação de serviços nas unidades sanitárias do país.

A situação, admite o ministro da Saúde, Ussene Isse, representa um grande retrocesso nos esforços do sector para prover assistência médica de melhor qualidade à população, porque os recursos a serem investidos na recuperação seriam direccionados a outras acções de melhoria dos cuidados sanitários.

Para o ministro, a carência de artigos médicos desafiará aos profissionais da Saúde, que trabalham com recursos mínimos para atender às necessidades dos utentes, enquanto o sector reorganiza-se e melhora o seu desempenho.

“Vamos trabalhar com base naquilo que temos e fazer o nosso melhor para assistir a população. Entretanto, ressalvo que a resposta não será igual àquela que teríamos se tivéssemos as condições que perdemos. Continuaremos a atender da melhor forma possível os utentes do Serviço Nacional de Saúde”, disse.

O governante falava à imprensa, ontem, na cidade de Maputo, no final da visita que efectuou às instalações do Armazém Central de Artigos Médicos, para aferir os danos causados pela vandalização, aquando das manifestações pós-eleitorais de 9 de Outubro, para além de discutir soluções de emergência para ultrapassar a falta de insumos.

Explicou que o período de ano e meio para a nova aquisição do material para substituir o perdido deve-se à complexidade do processo de aprovisionamento. Assegurou, entretanto, que estão a ser criadas alternativas para que a prestação de cuidados nos hospitais decorra sem grandes sobressaltos.

O dirigente pediu paciência à população porque, eventualmente, poderá chegar a uma unidade sanitária e não ter disponível o fármaco necessário para o tratamento da sua enfermidade.

Apontou que no armazém incendiado os danos, em mais de 20 viaturas, incluindo ambulâncias, uniformes e outros insumos para diagnóstico e tratamento de patologias, ascendem os 500 milhões de meticais.

Leia mais…

Artigos que também podes gostar