Sexta-feira, 21 Fevereiro, 2025
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Suspensão de rotas da ETM penaliza utentes

Por Jornal Notícias
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RESIDENTES de Boane e Matola-Rio enfrentam dificuldades de mobilidade, na sequência da suspensão dos autocarros que ligavam as autarquias à cidade de Maputo pela Empresa Municipal Transportes Públicos da Matola (ETM).

Os moradores do Bairro Djonasse são os que mais se ressentem desta medida, pois foi lhes retirado o único autocarro que levava os utentes à baixa. A situação é mais crítica para os alunos da Escola Secundária Filipe Nyusi, que dependiam deste meio para chegar a tempo às aulas.

Para os utentes do corredor de Boane existem alternativas, apesar da demanda, que continua a crescer com a expansão da zona habitacional. Utentes interpelados pelo “Notícias” relatam dificuldades com a suspensão dos serviços públicos de transporte.

Segundo contam, a situação tem lhes forçado a acordar mais cedo para caminhar até à Estrada Nacional Número Dois (N2) ou terem um valor extra para tomarem um “chapa”.

Celso Mambo, passageiro da rota Boane/Baixa, contou que os autocarros da empresa ETM ainda circulam, mas em número reduzido.

“Estou na paragem já faz algum tempo. Isto era raro acontecer quando havia autocarros da ETM. Ajudavam a suprir a demanda e eram preferidos por muitos residentes de Boane”, explicou.

 Izildo Sousa, morador de Djonasse, enfrenta limitações para chegar à cidade de Maputo e espera que até à retoma das suas aulas a situação esteja normalizada.

Érica Machava, estudante residente no Djonasse, entende que o autocarro pode ter sido retirado por causa das manifestações. Outrossim, pede às autoridades para asfaltarem ou pavimentar a via para facilitar a mobilidade.

Entretanto, Francisco Manso, administrador de Operações na ETM, confirma a suspensão dos serviços e aponta as manifestações como a principal causa para a adopção da medida.

“A população anda enfurecida e quando bem entende apedreja os autocarros e nos piores casos incendeia-os. Queremos garantir a segurança dos nossos trabalhadores e passageiros, portanto, não podíamos colocar os autocarros nesta situação”, explicou.

Manso indicou que no caso de Djonasse não só as manifestações forçaram a paragem do autocarro, como também o estado da via.

“A estrada de Djonasse não está boa e a situação agrava-se quando chove. Nós temos vindo a conversar com a população para buscarmos uma solução”, acrescentou

Revelou que decorrem conversações com o vereador do município da Matola-Rio para se melhorar a estrada Km16/Djonasse.

No corredor Boane, indicou, os autocarros estão a retomar de forma gradual. 

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