DestaqueEditorialSociedade Nacional EDITORIAL Por Jornal Notícias Há 21 horas Criado por Jornal Notícias Há 21 horas 162 Visualizações Compartilhar 0FacebookTwitterPinterestEmail 162 DOIS importantes anúncios marcaram a vida do país esta semana: as medidas destinas a aliviar o alto custo de vida; e a suspensão, pela Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), de voos não rentáveis, incluindo a rota Maputo-Lisboa, visando a consolidação do mercado doméstico e regional.As medidas tendentes à redução do custo de vida anunciadas pelo Presidente da República incluem a possibilidade de isenção do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) dos bens essenciais e revisão da estrutura do preço dos combustíveis líquidos, até porque em relação aos petrolíferos vigora desde ontem uma nova tabela que reflecte as decisões tomadas.Trata-se de medidas que trazem alento, num contexto em que aumenta a frequência de bloqueios de estradas um pouco por todo o país alegadamente em protesto contra o alto custo de vida. Resultante das manifestações, houve destruição do comércio e indústria, levando ao aumento do desemprego. Assim, atendendo ao desespero de algumas famílias, a busca de soluções para inverter o cenário actual demanda coragem e ousadia do Governo. Para já alguns passos foram já dados”, como a injecção de dinheiro no mercado, através do pagamento do 13º salário aos funcionários e agentes do Estado e criação do Fundo de Apoio à Iniciativa Local, virado essencialmente para jovens. Todavia, o objectivo pretendido só será sustentável a longo prazo, se o foco estiver na estrutura produtiva. Há necessidade de se construir uma economia de escala e de se promover maior integração nos mercados, facto que só é possível com o aumento da produção e produtividade, invertendo situações actuais, em que produtos importados são mais baratos que os produzidos localmente. Vale ainda melhorar o ambiente de negócios, tornando-o mais atractivo aos investimentos, reduzindo burocracia e taxas de juro e adoptando medidas mais arrojadas de apoio à agricultura. Contudo, para baixar a tensão, as decisões governamentais devem ser acompanhas por uma forte comunicação com a população, que precisa estar esclarecida sobre as razões de uma solução em detrimento de outra. Entretanto, também nesta semana, a LAM suspendeu os voos inviáveis, enquanto avalia a viabilidade das rotas regionais, como Maputo/Harare/Lusaka e Maputo/Cidade do Cabo. O argumento é de um novo posicionamento na qualidade de produtos e serviços de assistência aos passageiros. Na realidade, trata-se de outro desafio, assumindo que a empresa vem registando resultados negativos nas operações em que está envolvida. A expectativa é que a nova administração tenha, definitivamente, encontrado a chave para tirar a empresa do vermelho, sob ponto de vista de resultados financeiros. Aliás, sendo a LAM integrante do sector empresarial do Estado, tem a obrigação de enveredar por uma gestão cautelosa, eliminando todas as despesas que se mostrarem supérfluas. Todavia, sem descurar o papel social da companhia, que inclui garantir ligações aéreas pelo menos das capitais provinciais, mesmo que tais rotas não tragam grandes benefícios económico-financeiro à empresa. Auguramos que desta vez nos possamos, finalmente, orgulhar de termos uma companhia aérea de bandeira. Foto: Féling Capela Leia mais… Você pode gostar também NYUSI DE VISITA AO VIETNAME: Queremos ser economia de rendimento médio Em debate mecanismo de manutenção da paz COM 63 CARREGAMENTOS JÁ EFECTUADOS: Gás natural consolida-se no mercado VANDALIZAÇÕES NA SAÚDE: Reposição de insumos pode levar pelo menos 18 meses Editorial Jornal Noticias Compartilhar 0 FacebookTwitterPinterestEmail Artigo anterior PR abre ano operacional militar Próxima artigo TRÁFICO DE DROGAS: Supremo pede mais eficácia no confisco de bens ilícitos Artigos que também podes gostar Sector privado favorável à concessão das praias Há 3 horas Festival Poetas d’Alma arranca este sábado em Maputo Há 14 horas Nova onda de vandalização e bloqueios de vias Há 15 horas Trânsito condicionado na cidade Quelimane a partir de Domingo Há 17 horas MANIFESTAÇÕES: Empresariado já calculou os danos Há 20 horas TRÁFICO DE DROGAS: Supremo pede mais eficácia no confisco de bens ilícitos Há 20 horas