Sábado, 29 Março, 2025
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Há mais mulheres viciadas em álcool

Por Jornal Notícias
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PELO menos 1400 mulheres com perturbações mentais decorrentes do consumo excessivo de álcool procuraram assistência médica, no ano passado, no Hospital Psiquiátrico do Infulene (HPI), na cidade de Maputo.

Os dados foram partilhados ao “Notícias pela directora-clínica da unidade sanitária, Vanda António, que alertou o facto de o consumo excessivo de álcool causar perturbações mentais crónicas e irreversíveis, comprometendo a vida social.

“O distúrbio mais comum entre as pacientes é a esquizofrenia, doença crónica e grave que afecta o pensamento, emoções e o comportamento. Embora os sintomas possam ser controlados com medicação anti-psicótica e psicoterapia, a doença é irreversível, com episódios recorrentes ao longo da vida”, explicou.

Maior parte das pacientes procura ajuda quando a saúde mental já se encontra num estado crítico e irrecuperável. Para reverter a situação, o HPI administra medicamentos que tratam os sintomas, mas o vício dificulta o sucesso do tratamento.

A directora sublinhou que as mulheres são mais vulneráveis ao desenvolvimento do vício e têm mais dificuldades em procurar ajuda.

 “As mulheres metabolizam as bebidas alcoólicas mais lentamente devido à maior percentagem de gordura corporal e presença de menor quantidade de água no corpo, o que resulta na alta concentração de álcool no sangue”, disse.

Segundo a fonte, as hormonas femininas, especialmente durante o ciclo menstrual, a gravidez ou a menopausa, podem influenciar a forma como o corpo lida com o álcool, aumentando a vulnerabilidade à dependência.

“ A vergonha e o estigma impedem-nas de procurar ajuda, aliadas à complexidade do vício, o que resulta em frequentes recaídas”, concluiu.

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