Quarta-feira, 26 Fevereiro, 2025
Início » A TRÊS DIAS DO FIM DO CENSO: Postos de recenseamento registam fraca afluência

A TRÊS DIAS DO FIM DO CENSO: Postos de recenseamento registam fraca afluência

Por Jornal Notícias
204 Visualizações

QUANDO faltam apenas três dias para o fim da campanha de recenseamento militar, alguns postos escalados, segunda-feira, pelo “Notícias”, na cidade de Maputo, continuam a registar fraca afluência, mas há relato de brigadas que já atingiram as respectivas metas.

No posto de recenseamento localizado na secretaria do bairro da Munhuana, no distrito municipal Nlhamankulu, estavam apenas as recenseadoras, uma das quais se identificou como Inácia Nhamire, que disse não haver fluxo de jovens abrangidos desde o início do processo e, para sanar o problema, as agentes fazem campanha porta-a-porta.

Também apontou que muitos jovens têm receio de se aproximar do posto de recenseamento por, alegadamente, temerem ser recrutados para o Serviço Militar. Até à retirada da nossa equipa de reportagem, por volta das 12h30, a fonte partilhou que haviam sido inscritos apenas dois jovens.

Referiu ainda que há a necessidade de se difundir mais sobre o processo para esclarecer aos cidadãos de que recensear não significa ir à tropa.

No posto instalado na secretaria do bairro Maxaquene “B”, a recenseadora que se encontrava a inscrever dois jovens recusou-se a falar com a nossa equipa de reportagem por, alegadamente, não estar autorizada a fazê-lo.

“Não posso falar. A única pessoa autorizada a prestar declarações à imprensa é o meu chefe”, justificou.

Arone Chirindza, de 19 anos, residente no bairro Maxaquene “C”, abordado momentos após se recensear, disse que o fez sem problemas, uma vez que o posto era caracterizado por um movimento bastante calmo, em que ele era um entre os dois jovens que se faziam no local.

Sobre o atraso de um ano, disse que teve uma distracção e quando despertou o processo já tinha encerrado.

Por seu turno, Shelton Fernando, de 19 anos, afirmou que só se vai inscrever para obter a declaração que se exige para concorrer a uma vaga de emprego e inscrição na escola de condução.

“Estou a recensear porque a declaração é requisito para os assuntos que pretendo tratar. Não fosse isso não o faria porque não quero ir à tropa”, expressou Fernando.

Já no posto de registo localizado no bairro do Alto Maé, distrito KaMpfumu, o cenário era contrário. A equipa de reportagem foi recebida pelo recenseador de nome Fernando Patrício, que disse ter sido já atingida a meta estabelecida de inscrever 400 mancebos nesta edição.

“Estamos a preencher uma nova lista porque atingimos a nossa meta. Não foi fácil, tivemos de andar de porta em porta e partilhar nas redes sociais mensagens para sensibilizar os jovens a aderirem à campanha”, explicou Patrício, tendo partilhado que até ao fim da manhã do mesmo dia já tinham sido registados 15 cidadãos, na sua maioria do sexo feminino.

Apelou àqueles que ainda não regularizaram a sua situação militar para o fazerem dentro do tempo que resta para o fim do processo que termina esta sexta-feira, 28 de Fevereiro.

No posto de recenseamento montado na secretaria do bairro Magoanine “A”, distrito KaMubukwana, as portas estavam encerradas e o local estava sob guarda de um aparato policial devido às ameaças das manifestações que ocorreram no princípio da manhã.

“Abriram, mas depois foram obrigados a fechar porque houve confusão. É por isso que estamos aqui para proteger o local, dos manifestantes”, disse um agente da PRM sem se identificar.

Leia mais…

Artigos que também podes gostar