Primeiro Plano ACIDENTES RODOVIÁRIOS: Desafio diário dos alunos na ida e regresso das aulas Por Jornal Notícias Há 4 horas Criado por Jornal Notícias Há 4 horas 134 Visualizações Compartilhar 0FacebookTwitterPinterestEmail 134 ALBERTO ZUZE A FALTA de educação rodoviária e a imprudência de condutores transformam o trajecto escolar numa jornada arriscada para crianças e adolescentes. No país, a educação em matérias de trânsito ainda é deficiente, o que deixa muitos jovens sem conhecimento sobre regras básicas de segurança. Paralelamente, a falta de programas educativos nas escolas e de consciencialização de alguns pais agrava a situação, tornando as ruas e avenidas verdadeiros campos minados para os estudantes. De acordo com as autoridades policiais, Moçambique registou, no ano passado, 687 acidentes de viação, resultando em 825 mortes, 651 feridos graves e 1057 ligeiros. Também houve mais de mil casos de danos materiais, desde leves a avultados. Entre os tipos de acidentes mais frequentes destacam-se: 248 atropelamentos, 168 despistes, 105 colisões entre veículos, 100 choques entre carros e motos, 24 choques contra obstáculos fixos, 17 colisões com velocípedes e 12 quedas de passageiros. Apontam-se como principais causas dos acidentes o excesso de velocidade, ultrapassagens irregulares, travessia inadequada de pedestres, falhas mecânicas, condução sob efeito de álcool e circulação em contra-mão. Diante deste cenário, a protecção dos alunos no trânsito é uma prioridade, especialmente em horários de maior fluxo do trânsito automóvel, quando ruas e estradas ficam lotadas com estudantes indo e voltando das escolas. A responsabilidade deve ser partilhada entre condutores, pedestres, autoridades e a comunidade escolar. A técnica de educação pública no Comando-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM) Felismina Mondlane destaca que a segurança rodoviária depende de três elementos principais, nomeadamente o Homem, veículo e a via. No entanto, o factor humano é o mais preocupante, pois o comportamento do indivíduo é determinante para a segurança no trânsito. “Entre os principais factores de risco para os alunos estão o excesso de velocidade nas proximidades das escolas, a falta de faixas de peões e semáforos adequados, para além do desrespeito das regras de trânsito pelos motoristas e pedestres.” “O uso inadequado do transporte escolar, muitas vezes sem cinto de segurança ou em veículos superlotados, também representa um grande perigo”, explicou Mondlane. Para mitigar estes riscos, algumas medidas estão sendo implementadas pela Polícia de Trânsito, em parceria com o Instituto Nacional dos Transportes Rodoviários (INATRO) e operadoras de telecomunicações como a Vodacom e a Movitel, por meio do projecto Reguladores de Trânsito Escolares (RTE). Recomendou aos pais a verificarem as condições do meio que transporta os seus filhos e exigirem a presença de um acompanhante responsável dentro do veículo, garantindo que os limites de lotação sejam respeitados. “Também estão a ser realizadas capacitações com alunos sobre segurança rodoviária, visando reduzir os casos de atropelamento próximos às escolas e nas comunidades”, sublinhou. Mondlane reforça que os condutores devem seguir rigorosamente as regras de trânsito e adotar uma condução prudente, especialmente em áreas de grande circulação de pedestres, como mercados, hospitais, creches e escolas, para evitar tragédias que poderiam ser prevenidas com mais consciencialização e responsabilidade. Leia mais… Você pode gostar também CIVIL E LABORAL: Revisão dos códigos visa maior celeridade processual EDIÇÃO LITERÁRIA: Mercado quase “inexistente” e em constante construção CONFLITO ISRAELO-PALESTINO NA ONU: A difícil missão de mediar um diálogo de surdos ARÃO LITSURE (1955-2024): Marcos de um músico reverendo e escritor ACIDENTES RODOVIÁRIOSAlunos Compartilhar 0 FacebookTwitterPinterestEmail Artigo anterior LAM reestrutura dívida de olhos postos na IATA Próxima artigo Trabalha-se para reduzir impacto das intempéries Artigos que também podes gostar LICHINGA: Roubos lesam EDM em 84 milhões de meticais Há 2 semanas ESCRITOR BENTO BALOI: Algo mais precisa de ser feito em prol do... Há 2 semanas Aquacultura está a reduzir pressão sobre recursos marinhos Há 3 semanas Craveirinha, a negação da desmemória Há 4 semanas AUTOMEDICAÇÃO: Utentes não querem saber da receita médica Há 4 semanas SEGUNDO FRANCISCO MBOFANA: É preciso discutir sobre sustentabilidade na Saúde Há 4 semanas