Sexta-feira, 18 Abril, 2025
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Hamas critica repetidas ameaças de Trump

Por Jornal Notícias
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O GRUPO islâmico Hamas considerou ontem que as repetidas ameaças do Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, de um retorno à guerra em Gaza são um apoio para Benjamin Netanyahu violar o acordo de cessar-fogo”

Num comunicado enviado à agência noticiosa espanhola EFE, o movimento islamita palestino apontou que a melhor maneira de libertar os reféns israelitas é iniciar as negociações para a segunda fase de tréguas.

Na nota de imprensa, assinada pelo porta-voz do Hamas, Abdel Latif Al-Qanoua, é dito que as ameaças de Donald Trump servem para forçar o primeiro-ministro israelita a apertar “o cerco e a fome” contra o povo palestino em Gaza.

“A melhor maneira de libertar os prisioneiros israelitas restantes é que a ocupação (referindo-se a Israel) inicie negociações para a segunda fase e seja responsabilizada pelo acordo assinado sob a mediação de intermediários” lê-se no comunicado.

Trump fez, na quarta-feira, um “último aviso” ao Hamas para libertar os reféns que mantém em Gaza, ameaçando o movimento islamita palestino que caso contrário deixará Israel “terminar o trabalho” no enclave.

As ameaças foram feitas poucas horas depois de a Casa Branca confirmar que os EUA mantiveram contactos directos com o Hamas, indicando que as autoridades israelitas foram consultadas sobre estas conversações relacionadas com a próxima fase do cessar-fogo na Faixa de Gaza.

Numa mensagem nas redes sociais Truth, Trump ordenou ao Hamas para que devolva imediatamente os reféns e os corpos que está a reter, frisando que este era o “aviso final”

“Vou enviar a Israel tudo o que eles precisam para terminar o trabalho, nenhum membro do Hamas estará a salvo se não fizerem o que eu digo”, ameaçou.

Estendeu as ameaças ao próprio “povo de Gaza”: “Se esconderem reféns estão mortos”

“Tomem uma decisão inteligente. Libertem os reféns agora, ou haverá um inferno para pagar mais tarde”, publicou Trump.

O diálogo directo de Washington com o Hamas, revelado pelo ‘site’ Axios, foi confirmado pela porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, que justificou esta abordagem com a tentativa de pôr fim à guerra na Faixa de Gaza.

O Hamas já confirmou estes contactos e Israel também corroborou as consultas de Washington a este respeito.

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