Opinião & Análise REFLEXÕES DA MUVALINDA: Pornografia Por Jornal Notícias Há 1 mês Criado por Jornal Notícias Há 1 mês 1,8K Visualizações Compartilhar 0FacebookTwitterPinterestEmail 1,8K OS ilustres leitores sabem que eu sou Psicóloga e, nos últimos três anos, actuo numa instituição de ensino onde atendo vários adolescentes e jovens na faixa dos 16 aos 18 anos e, parte considerável dos meus pacientes refere que consomem conteúdos adultos com frequência e alguns já afirmaram terem vício no consumo da pornografia que acaba afectando negativamente nas suas vidas. Pode-se definir pornografia como a representação de actos sexuais ou de conteúdos sexuais com a intenção de provocar excitação sexual. Isso pode incluir vídeos, imagens, textos e outros tipos de “media”. É uma temática que gera muitas discussões sobre moralidade, religião, ética e impacto nos indivíduos e na sociedade. Vários estudos e estudiosos abordam sobre o consumo da pornografia em diferentes perspectivas: A perspectiva positiva defende que o consumo moderado da pornografia pode ajudar as pessoas a explorarem a sua sexualidade e a entender melhoras suas preferências, fornecer informações sobre práticas sexuais, como também ser uma forma de expressão artística e liberdade sexual. A perspectiva negativa realça que o consumo da pornografia,em qualquer dose, pode criar expectativas distorcidas sobre o sexo e os relacionamentos, afectando a auto-estima e a satisfação sexual, que pode levar à dessensibilização (falta da sensibilidade), onde a pessoa precisa de conteúdos cada vez mais extremos para obter excitação sexual numa relação real,como também pode interferir na intimidade e na comunicação entre parceiros, gerando inseguranças ou comparações, sem contar com o vício que afecta a saúde mental e física do viciado, influenciando negativamente na sua qualidade de vida. Historicamente, o consumo de pornografia tem sido associado, principalmente aos homens que costumam se identificar mais com esse tipo de conteúdo. No entanto, pesquisas recentes no campo da Sexologia, mostram que o número de mulheres que consomem pornografia tem aumentado significativamente. Homens frequentemente buscam a pornografia como uma forma de excitação sexual, enquanto mulheres podem consumi-la por curiosidade, exploração da sexualidade ou mesmo para obter inspiração para a vida sexual no seu dia-a-dia. As diferenças nos padrões de consumo também podem estar relacionadas a factores culturais e sociais. Em muitas sociedades, as mulheres podem se sentir menos à vontade para admitir o consumo de pornografia devido a estigmas associados. Infelizmente, com a popularização da “internet” e dos dispositivos móveis, o acesso à pornografia se tornou extremamente fácil e rápido. Em alguns círculos sociais, o consumo de pornografia é visto como algo normal ou até mesmo esperado e incentivado. A educação sexual ainda é insuficiente ou inexistente, deixando muitas pessoas sem informações precisas sobre sexualidade e relacionamentos saudáveis, isso pode levar à busca de informações em fontes não confiáveis, como a pornografia, sem contar que alguns adolescentes e jovens podem recorrer à pornografia como uma forma de lidar com solidão ou falta de intimidade emocional, especialmente em um mundo cada vez mais digital. Esses são alguns factores que, combinados, contribuem para o aumento do consumo de pornografia entre os adolescentes e jovens, em particular, e as pessoas no geral. É importante que haja diálogos abertos e educação adequada para ajudar os adolescentes e jovens a entender melhor sua sexualidade e as implicações negativas do consumo da pornografia. Embora a Bíblia não mencione especificamente a pornografia, ela aborda temas relacionados à pureza sexual e ao controle dos desejos. Um versículo que pode ser adaptado e citado nesse contexto é o de Mateus 5:28 que diz : “Mas eu vos digo que todo aquele que olhar para uma mulher com intenção impura já cometeu adultério com ela no seu coração.” Este versículo enfatiza a importância de manter pensamentos e intenções puras, sugerindo que o olhar e a mente são tão importantes quanto as acções físicas. Ele pode ser interpretado como um alerta contra o olhar para a mulher como objecto sexual e o consumo de conteúdos que promovem uma visão distorcida da sexualidade. 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