Lichinga começa a realizar autópsias

AS AUTORIDADES sanitárias no Niassa passarão a realizar, a partir de Maio próximo, autópsias, graças à reabilitação em curso na morgue anexa ao Hospital Provincial de Lichinga (HPL).

Os trabalhos de requalificação deste serviço, sob gestão do Conselho Municipal da cidade de Lichinga, deverão custar 6,5 milhões de meticais mobilizados do Fundo de Iniciativa Autárquica (FIA).

John Muleva, vereador de Urbanização e Infra-estruturas, disse ao “Notícias” que os trabalhos consistem na construção e apetrechamento, com equipamento especializado, de uma sala de Medicina Legal para a realização de autópsias.

Acrescentou que a empreitada contempla uma sala para a lavagem de corpos e, para assegurar a disponibilidade de água corrente, está prevista a implantação de um sistema de abastecimento deste recurso.

Indicou como um dos passos alcançados a recente vedação do espaço, prevendo-se, nos próximos dias, a substituição da cobertura do imóvel que sofre infiltração sempre que chove.  

A casa mortuária do Hospital Provincial nunca realizou autópsias, apesar de dispor de um médico legista há cerca de três anos. O facto deve-se à falta de infra-estruturas adequadas e equipamento à altura para a efectivação dos exames exigidos.

Com esta intervenção esperam-se melhorias na capacidade de resposta face à crescente procura dos serviços da morgue, nos últimos tempos, bem como no acolhimento de  utentes que passarão a realizar velórios dos seus entes queridos.

O “Notícias” apurou ainda que a actual capacidade de conservação de corpos na morgue do HPL crescerá de oito para 14, como forma de responder à demanda de serviços de conservação de corpos.

Muleva reconheceu que a corrente eléctrica é fraca e o município vai contemplar, nos trabalhos em curso, o incremento da qualidade de energia para não comprometer o funcionamento dos equipamentos de frio.

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