Segunda-feira, 14 Abril, 2025
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Oito meses a conviver com dor

Por Jornal Notícias
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O TEMPO foi o maior inimigo de Amélia Macuácua, professora de 28 anos, natural da província de Gaza. Diagnosticada com um mioma, um tumor benigno,viu a sua saúde a agravar-se, devido à demora no tratamento e à interrupção do processo cirúrgico.

“Há oito meses que vivo com dores por causa de um mioma uterino. Foi-me diagnosticado no Centro de Saúde de Xai-Xai, onde me referiram ao Hospital Central de Maputo para fazer exames e a remoção do tumor”, contou.

Na esperança de ser tratada, a jovem teve de viajar para a cidade de Maputo. No entanto, ao chegar à capital do país, foi confrontada com uma realidade que não esperava: fazer a medicação e ficar na lista de espera, já que a cirurgia era considerada electiva.

“Não imaginei que seria tão difícil. Passei noites sem dormir, tomava chás de ervas para aliviar os sintomas e, às vezes, até faltavam os comprimidos que me receitavam”, desabafou.

Agora, com a cirurgia marcada, Amélia aguarda ansiosamente pelo dia da operação, na esperança de poder regressar à  casa  e retomar a sua vida normal.

Até semana passada, pelo menos 112 pacientes haviam sido submetidos a cirurgias no contexto da campanha massiva em curso no país, número que poderá ter evoluído tendo em conta que a acção está em curso.

Com as cirurgias prevê-se alcançar mais de 500 doentes até meados de Abril, em pacientes de doenças gerais, urológicas e ortopédicas, para tratar doenças, lesões e deformidades.

Com palco nos hospitais centrais da Beira, Nampula e Quelimane, a campanha está enquadrada no plano de 100 dias de governação e tem como prioridade pacientes que aguardam há mais tempo e aqueles cujas condições de saúde exigem intervenção urgente.

O Hospital Central de Maputo (HCM), que tem a meta de realizar 200 cirurgias das 500 previstas em todo o país, espera atingir esta meta nos próximos dias. Para o efeito, foram apetrechadas, de forma adicional, as salas de cirurgias das quatro unidades sanitárias de referência, reforçadas as equipas de trabalho e alocados insumos para que os procedimentos decorram sem sobressaltos.

Longa espera por uma cirurgia penaliza utentes

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