Prioridade é prestar assistência

ABIBO ALY

A RETIRADA das famílias sitiadas e prestação de assistência aos distritos da província de Nampula atingidos pela tempestade tropical Jude constitui prioridade das autoridades e dos parceiros envolvidos no processo.

Esta ideia foi defendida pela presidente do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres, Luísa Meque, que está a monitorar o apoio aos assolados.

Segundo afirmou, o fenómeno afectou, até agora, aproximadamente 1863 famílias, para além de 908 casas completamente destruídas, seis óbitos e vinte feridos, quando se está ainda a fazer o levantamento. 

As autoridades enfrentam desafios na prestação da ajuda às comunidades devido à intransitabilidade das estradas, muitas delas cortadas, deixando várias comunidades sitiadas, sobretudo na Ilha de Moçambique e Angoche, que são alcançáveis por meios aéreos e embarcações.

Explicou que as organizações internacionais estão mobilizadas para apoiar as famílias urgentemente, numa altura em que se exigem esforços coordenados para garantir que a ajuda chegue às comunidades isoladas e para a reposição das infra-estruturas.

Na presente época chuvosa e ciclónica três fenómenos climáticos extremos afectaram Moçambique (Chido, Dikeledi e Jude), provocado destruição de infra-estruturas.

“A previsão da ocorrência de ciclones no país era de um ou dois, mas já estamos no terceiro. Então, estamos pressionados para nos reerguermos dos efeitos destes fenómenos”, frisou. 

Luísa Meque presidiu o Comité Operativo de Emergência (COE), com a presença do secretário de Estado na província, Plácido Pereira, do governador Eduardo Abdula e parceiros, para discutir a assistência aos afectados.

Actualmente existem três pontes móveis na província e está a ser feito o mapeamento dos locais que precisam deste tipo de equipamento para facilitar a mobilidade, numa altura em que a ligação entre Nampula e Cabo Delgado está interrompida, devido ao corte da N1.

O “Jude” encontra-se no mar, tendo baixado para tempestade tropical moderada, com até 80 quilómetros por hora a mover-se para a costa sul de Madagáscar, a 26 quilómetros por hora.

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