Sexta-feira, 14 Março, 2025
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Veteranas defendem preservação do seu legado 

Por Jornal Notícias
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CARLA MANHIQUE

COMBATENTES da Luta Armada de Libertação Nacional defendem que a nova geração deve preservar o legado das heroínas que, com bravura e sacrifício extremos, escreveram indelevelmente o seu nome nos anais da história da pátria. 

Este posicionamento foi feito recentemente em Maputo, no contexto das comemorações do 4 de Março, Dia do Destacamento Feminino, num evento organizado pela Universidade Pedagógica de Maputo (UP) e o Ministério dos Combatentes.

O momento serviu para homenagear as pioneiras que, enfrentando preconceitos e desafios, quebraram barreiras e, empunhando armas, contribuíram também com ideias para concretizar o sonho de um Moçambique livre.

Reza a história que foi a 4 de Março de 1967 que 25 meninas chegaram ao Centro de Preparação Político-Militar de Nachingwea, na República da Tanzania, para se juntar à Frente de Libertação de Moçambique. Com este marco lançava-se igualmente a semente da emancipação da mulher e desmistificação da percepção segundo a qual somente os homens é que podiam participar na luta armada.

Inicialmente, foram 25 adolescentes e jovens do sexo feminino que abriram as portas para que mais outras fossem admitidas nas fileiras e, posteriormente, formalizou-se o Destacamento Feminino (DF), em 1967.

A história revela ainda que esta pretensão iniciou em 1965, quando um grupo de camponesas pediu preparação militar de modo a estar apta a defender os interesses de todos.

O argumento era que, havendo a necessidade de proteger os centros infantis e escolas dos ataques de soldados coloniais, precisavam de ser treinadas não somente para melhorar o seu desempenho, como também para se sentirem seguras no trabalho que realizavam. 

As homenageadas foram unânimes em assumir que, durante a guerra, algumas regiões do país foram libertadas porque houve necessidade de defendê-las.  A propósito da celebração do Dia do Destacamento Feminino, o “Notícias” ouviu Modesta Daniel, Marina Pachinuapa e Maria Cassimo, integrantes do grupo que protagonizou a epopeia, nas décadas de 1960 e 1970. Em uníssono, orgulham-se de terem participado na libertação do país e sublinham que valeu a pena.

Foto: Edmundo Jr

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