Quinta-feira, 17 Abril, 2025
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Anarquia nos “chapas” parece estar longe do fim

Por Jornal Notícias
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TOMAR o transporte semi-colectivo de passageiros, “chapa”, na região metropolitana do Grande Maputo, tornou-se tarefa árdua e desgastante para milhares de cidadãos que dependem deste meio para se fazer, diariamente, aos seus destinos.

As viagens revelam-se uma verdadeira tortura por causa da anarquia que se instalou nos terminais e paragens, exacerbada durante as manifestações pós-eleitorais.

Entre as práticas que se enraizaram, destacam-se o desvio e encurtamentos de rotas, a selecção arbitrária de passageiros, “entrevistas” e especulação de tarifas. A isto, soma-se o desrespeito às autoridades policiais, sinais de trânsito e aos próprios utentes.

Como consequência, o tempo de espera nas paragens aumentou e, quando o chapa chega, os passageiros lutam contra o tempo para conseguir um lugar, mesmo que seja em pé, agarrado à barra metálica, entulhados e sem qualquer segurança.

Os utentes são ainda forçados a pagar o dobro da tarifa, para além de serem desembarcados longe das suas paragens, porque os operadores assim o decidem.

O problema foi agravado com a vandalização de mais de 30 autocarros públicos e de operadores privados durante as manifestações, que antes ajudavam a aliviar as longas filas nos terminais e as enchentes nas paragens.  

A violência das manifestações também resultou na agressão à Polícia Municipal e associações de transportadores que controlavam a actividade nos terminais rodoviários, situação que deixa impune os operadores, uma vez que os utentes não têm a quem recorrer.

Assim, nas manhãs e no fim do dia, os terminais de transporte público transformam-se num campo de batalha, onde o conforto é um luxo que poucos tem capacidade financeira para desfrutar.

O “Notícias escalou terminais rodoviários e ouviu relatos de passageiros que sentem na pele a anarquia que reina nos semi-colectivos de passageiros e constatou as consequências da falta de actuação dos agentes da Polícia, tanto de Trânsito como Municipal, que temem agressões.

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