Terça-feira, 18 Março, 2025
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SAÚDE E ECONOMIA: Danos do tabaco custam 11 mil milhões

Por Jornal Notícias
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MOÇAMBIQUE perde anualmente 11,7 mil milhões de meticais em despesas de saúde, fraca produtividade causada por mortes prematuras, pausas e absentismo no trabalho devido ao consumo do tabaco, daí a necessidade do reforço das medidas de controlo da produção e uso deste produto.

Estas perdas correspondem a 1,3 por cento do PIB. Estima-se que 13,7 por cento da população adulta consumam tabaco no país, sendo que a maioria dos jovens está exposta ao fumo passivo. Como consequência, 9300 pessoas morrem anualmente devido a doenças associadas ao cigarro, como tuberculose, acidente vascular cerebral e doença isquémica do coração.

Estes dados foram divulgados ontem em Maputo pela directora nacional adjunta de Saúde Pública, Alene Couto, no lançamento do Relatório de Caso de Investimento no Tabaco, que visava quantificar o impacto do consumo desta droga na saúde e economia.

Para a dirigente, se as medidas de controlo do tabaco não forem reforçadas em 15 anos, o país terá perdas de 128 mil milhões de meticais. “Se conseguirmos algum controlo, teremos perdas de 83,5 mil milhões e podemos reduzi-las para 44,5 mil milhões até 2035. Ademais, será possível evitar 53.400 mortes e poupar quatro biliões em despesas de saúde”, disse.

Sobre as acções a implementar destacou a elevação do custo do tabaco em 47 meticais nos próximos três anos para que a população desfavorecida, por sinal, a que mais consome e sofre com os efeitos, não tenha acesso à droga.

Alene Couto refere que a implementação das sete medidas de controlo poderá fortalecer os Objectivos do Desenvolvimento Sustentável, particularmente a redução da mortalidade prematura por doenças não-transmissíveis até 2030.

Para a implementação das medidas, diz ser importante elaborar um plano estratégico multissectorial de coordenação dos produtos de tabaco integrando a Indústria, Comércio, Agricultura e Interior.

Entretanto, sugere que se apoie os produtores de tabaco na transformação dos seus meios de sustento em alternativas saudáveis, lucrativas e amigas do ambiente.

Por sua vez, o representante da OMS em Moçambique, Severin von Xylander, enaltece os passos do sector da Saúde na análise da proposta de lei do controlo do tabaco.

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