Sexta-feira, 21 Março, 2025
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Raptores condenados a 30 anos de prisão

Por Jornal Notícias
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O TRIBUNAL Judicial da Província de Maputo condenou ontem, na cidade da Matola, três arguidos a 30 anos de prisão cada, por se ter provado o seu envolvimento no crime de rapto de um cidadão nacional em 2023.

Trata-se de José Armando Tembe, de 37 anos, funcionário público e membro da Polícia da República de Moçambique, na categoria de sargento e especialidade de Unidade de Intervenção Rápida (UIR); Gilberto Salomão Manjate, 38 anos, que se fazia passar por militar, enquanto era colaborador na Empresa Limpopo Security, vocacionada no ramo de segurança de bens e pessoas; e Sérgio Augusto Bambo, 47 anos, que à altura dos factos não exercia nenhuma profissão, mas portava cartão de membro da PRM pertencente a uma pessoa falecida.

Por sentença proferida pela sexta secção criminal do Tribunal Judicial da Província de Maputo, no processo 302/GCCCOT/2023, os arguidos foram ainda condenados por associação criminosa, posse de armas proibidas, uso de documento de identificação alheio, exercício ilícito de funções públicas e falsificação de documento.

Deverão ainda pagar uma indemnização de 1,2 milhão de meticais à vítima e outro valor de 7500 meticais aos defensores oficiosos.

Igualmente, foi decidida a perda, a favor do Estado, de uma viatura e uma casa de um dos arguidos, usados como instrumento do crime.

Para o jurado, ficou provado que no dia 9 de Novembro de 2023 os arguidos, fazendo-se transportar numa viatura Toyota MarK X, raptaram o nacional em frente ao antigo Supermercado Recheio, na zona do Mercado Santos, no município da Matola, por volta das 16.00 horas.

De seguida, solicitaram aos familiares mais de 4,5 milhões de meticais. A vítima ficou retida no cativeiro na residência de um dos arguidos entre os dias 9 e 17 de Novembro de 2023, dia em que os mesmos foram presos na zona de Luís Cabral, na cidade de Maputo, onde aguardavam o pagamento de um valor, já reduzido, de dois milhões de meticais, para efeitos de resgate.

O julgamento do caso teve início no dia 9 de Fevereiro, tendo a leitura da sentença sido ontem, onde os arguidos têm a prerrogativa de recorrer da decisão junto do Tribunal Superior de Recurso.

Foto de arquivo

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