Quarta-feira, 26 Março, 2025
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Má gestão do lixo adensa lamúria nos mercados

Por Jornal Notícias
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O CRÓNICO problema de gestão do lixo na cidade de Maputo, que concorre para a existência de mais focos de lixeira e imundície nas várias estradas, tem sido um combustível que adensa a fúria dos munícipes, sobretudo os que mensalmente pagam a taxa de limpeza na compra de energia.

É que alguns chegam a pagar, num único mês, duas ou mais vezes a referida taxa à empresa Electricidade de Moçambique (EDM), que por sua vez canaliza os valores colectados ao Conselho Municipal. Porém, quase nenhum agente faz a recolha primária do lixo.

Ademais, a remoção dos resíduos dos contentores para a lixeira de Hulene não tem ocorrido com regularidade.

Com as chuvas e o calor intenso que se fazem sentir na capital do país, o lixo é um prato cheio para as moscas e mosquitos, principais vectores de doenças como diarreiae malária, sem contar com o cheiro desagradável que ele exala.

Se para os que estão nas zonas residenciais a situação é inquietante, nos que trabalham ou vivem próximo dos mercados as lamentações aumenta de nível. É que, por causa da deficiente gestão do lixo, aliada à degradação do sistema de saneamento, os clientes passam longe das bancas, fugindo do cheiro.

Para minimizar o problema, os vendedores, que já pagam as taxas de lixo na compra de energia, são obrigados a contribuir algum valor para contratar indivíduos que informalmente fazem este tipo de trablalho.

É aí que mora um outro perigo pois, por não estarem licenciadas, estas pessoas colectam o lixo dos mercados e jogam-no nas ruas, engrossando focos de lixeiras informais.

O Município de Maputo está ciente deste problema e encara-no como um desafio, uma vez que a receita recebida da EDM não cobre todas as despesas de limpeza da cidade.

Ademais, com as manifestações pós-eleitorais várias empresas que cooperam com a autarquia na limpeza da cidade tiveram os seus meios de depósito e remoção  vandalizados, daí a prevalência da crise.

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