Quarta-feira, 26 Março, 2025
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CIMENTO DE CONSTRUÇÃO: Governo equaciona remover sobretaxa na importação

Por Jornal Notícias
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O MINISTÉRIO da Economia equaciona remover a sobretaxa na importação do cimento, visando promover maior competitividade e, consequentemente, redução do preço a nível interno.

Para proteger a indústria interna e ao mesmo tempo promover o investimento no sector em Moçambique, o Governo aprovou há alguns anos uma sobretaxa de 20 por cento na importação do cimento.

Um dos resultados desta protecção foi, por exemplo, o investimento realizado pela Dugongo, uma unidade capacitada na produção de matérias-primas que, para além da própria fábrica, também abastece outras unidades que operam no país.

O Executivo entende que alguns dos investimentos estão na fase final de consolidação, sobretudo na zona Sul, e estuda a necessidade de abrir o mercado para que a competitividade possa gerir a qualidade e redução dos preços deste produto.

O plano do Governo foi confirmado pelo director Nacional da Indústria, Sidónio dos Santos, em entrevista à AIM, que reconhece também a existência de outros investimentos, sobretudo na zona Norte, que estão ainda nos primeiros anos de laboração.

“Era preciso que os investimentos ocorressem num ambiente de protecção e neste momento temos a Dugongo como a única empresa que produz matéria-prima. E sabíamos que, quando protegêssemos, existiriam cartéis ou monopólios. Acreditamos que no dia em que retirarmos a protecção perceberemos melhor a dinâmica dos custos, porque vão entrar no mercado outros tipos de ‘players’”, disse o director Nacional da Indústria.

Dos Santos admitiu que a retirada da protecção será feita de forma gradual, tal como foi na fase da sua implementação.

“Começámos gradualmente, de dez, depois doze até chegarmos a 20 por cento de sobretaxa. Portanto, no processo de retirada vamos também monitorizar o mercado até chegarmos aos 20 por cento”, sustentou.

A fonte contextualizou ainda o momento em que esta sobretaxa foi imposta: “Tínhamos, na altura em que não havia essa protecção, o cimento que vinha da China, Paquistão e outros cantos do mundo, mas com a sobretaxa passamos a não ter o cimento importado no mercado”, realçou.

Defendeu que a ideia é que os investidores garantam a competitividade da indústria nacional e não se acobertarem da protecção que o Governo concede. “O Governo está atento a tudo que está a acontecer e é preciso que cada um faça a sua parte para que o mercado tenha preços justos e competitivos”, observou.

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