Internacional Luanda abandona mediação do conflito na RDCongo Por Jornal Notícias Há 20 horas Criado por Jornal Notícias Há 20 horas 309 Visualizações Compartilhar 0FacebookTwitterPinterestEmail 309 O PRESIDENTE angolano, João Lourenço, anunciou ontem o abandono da mediação do conflito entre a República Democrática de Congo (RD Congo) e o Ruanda, depois de fracassadas as negociações directas com o Movimento 23 de Março (M23), por factores “externos” ao processo africano. A presidência angolana fez saber, através de um comunicado, que Angola se empenhou “com toda a seriedade, energia e recursos” desde que a União Africana (UA) incumbiu o chefe de Estado angolano a responsabilidade de mediar o conflito, apontando os progressos alcançados após sucessivas rondas de conversações. Entre estes, destacou a promessa de neutralização dos guerrilheiros das Forças Democráticas de Libertação do Ruanda (FDLR), por parte da RD Congo, enquanto o Ruanda se comprometia a retirar as suas Forças de Defesa do território congolês. “Sendo essas as principais reivindicações das partes, estavam assim criadas as condições para a cimeira de 15 de Dezembro passado, que teria lugar em Luanda, o que acabou por não acontecer, por ausência do Ruanda”, refere o comunicado, sublinhando que Angola sempre acreditou na necessidade de haver também negociações directas entre o Governo da RD Congo e o M23. O comunicado salienta os esforços da diplomacia angolana nesse sentido, tendo obtido o consentimento das partes para que a primeira ronda de conversações tivesse lugar em Luanda, a 18 de Março, “acção abortada ‘in extremis’ por um conjunto de factores, entre eles alguns externos e estranhos ao processo africano que decorria”. O grupo rebelde M23 decidiu cancelar a participação nas negociações, acusando instituições internacionais de sabotarem o diálogo com a RD Congo, após a União Europeia (UE) impor sanções a líderes do movimento e a uma refinaria em Kigali. Nesse mesmo dia, sem dar conhecimento a Luanda, os presidentes da RD Congo e do Ruanda, Félix Tshisekedi e Paul Kagame,reuniram-se em Doha com o emir do Qatar, para discutir o conflito no leste congolês, que opõe as forças governamentais ao M23, que é apoiado pelo Ruanda – segundo as Nações Unidas (ONU) e países como os Estados Unidos, Alemanha e França. A surpresa face ao sucedido foi manifestada pelo ministro das Relações Exteriores de Angola, Téte António, citado pelo jornal de Angola, que considerou que “todos os esforços para a resolução de conflitos são bem-vindos”, mas observou que os problemas africanos deveriam ter solução africana. Num comunicado divulgado ontem, a presidência angolana reforça que são bem-vindas todas as acções da ONU, de outros organismos internacionais e países de boa vontade, que contribuam para a resolução dos diferentes conflitos em África, “desde que devidamente concertadas com os mediadores designados, o Conselho de Paz e Segurança e o presidente da Comissão da União Africana”. Leia mais… Você pode gostar também ÁFRICA DO SUL: Presidente do Parlamento investigada por corrupção SADC condena tentativa de golpe na RDC Turquia defende cessar-fogo imediato Instabilidade e insegurança na mesa da Cimeira da União Africana CONFLITOLUANDARDCONGO Compartilhar 0 FacebookTwitterPinterestEmail Artigo anterior EM PORTUGAL: Moçambicanos criam projectos inovadores Próxima artigo Frelimo elege primeiro secretário provincial em Maputo Artigos que também podes gostar Sudão do Sul vive pior epidemia de cólera dos últimos 20 anos Há 22 horas Realizador palestiniano atacado por colonos judeus Há 22 horas Há cada vez mais consumo de drogas sintéticas na CPLP Há 6 dias CONFLITO NA RD CONGO: Tshisekedi e Kagame pedem trégua imediata Há 6 dias Cólera já causou quase 300 mortes em Angola Há 7 dias Queda de avião causa pelo menos sete mortos nas Honduras Há 1 semana