Página da Mulher Histórias de líderes que salvaram gerações Por Jornal Notícias Há 3 dias Criado por Jornal Notícias Há 3 dias 246 Visualizações Compartilhar 0FacebookTwitterPinterestEmail 246 A HISTÓRIA da mulher moçambicana carece de uma revisão nos manuais escolares, de forma a destacar o papel das líderes nacionais responsáveis pelas transformações, cujos efeitos perduram até à actualidade. Este é o ponto de vista da escritora Paulina Chiziane, que partilhou a trajectória de Josina Machel, da Rainha Achivanjila e Chicumbane, personalidades-chave de movimentos responsáveis por salvar gerações. Segundo a escritora Paulina Chiziane, a história de muitas líderes moçambicanas não é amplamente conhecida. Poucas pessoas sabem quem foi a Rainha Achivanjila, do Niassa, uma figura cuja reputação transcendeu a sua província, mercê do seu papel de unificação das tribos. Achivanjila era concubina do rei e tornou-se rainha depois de salvar centenas de escravos seleccionados para a morte devido às suas deficiências, que os tornavam inaptos para o comércio. Depois de uma década de segredo, ela revelou a sua acção ao monarca, mostrando os escravos protegidos e suas gerações saudáveis. Admirado pela visão, nada mais coube ao rei senão a proclamar rainha. “Após a morte do rei, Achivanjila governou de forma independente, preservando a autonomia das suas terras e do seu povo. Destacou-se pela resistência às pressões externas, como as tentativas de colonização portuguesa, para além da habilidade de unir tribos. Na época, desempenhou um papel central na valorização da mulher na sociedade”, contou. Chiziane destacou ainda que, à semelhança da história de Achivanjila, está o papel da Chicumbane, reconhecida por curar doenças a milhares de pessoas, com base em ervas na província de Gaza. Devido à sua grandeza, a região onde habitava foi assim designada em sua homenagem. “Em Eswatini (antiga Suazilândia), há descendentes dos escravos que Achivanjila ajudou. Fiquei feliz ao saber disso, por isso até hoje, quando uma Rainha Achivanjila falece, outra é escolhida para o trono, garantindo que o seu legado continue”, concluiu. De acordo com a fonte, ambas representam a resistência e a luta das mulheres africanas pela preservação dos seus direitos. Por isso, essas histórias devem ser divulgadas, a fim de desmistificar a associação das mulheres às feitorias ínfimas. Foto: Sergio Manjate Leia mais… Notícias Relacionadas MATUTUÍNE: Hospital distrital sem médicos especialistas Você pode gostar também Mulheres ganham renda com reciclagem de lixo Oportunidades de formação alcançam 600 mil raparigas Primeiras-damas debatem empoderamento da mulher Barreiras ainda minam crescimento da mulher MULHERESPaulina Chiziane Compartilhar 0 FacebookTwitterPinterestEmail Artigo anterior Barreiras ainda minam crescimento da mulher Próxima artigo Financiamento refém de factores sócio-culturais Artigos que também podes gostar Financiamento refém de factores sócio-culturais Há 3 dias Barreiras ainda minam crescimento da mulher Há 3 dias TOXICODEPENDENTES: Mulheres superam vício e voltam a sonhar Há 1 semana Veteranas defendem preservação do seu legado Há 2 semanas A homenagem às mulheres … pelas mulheres das artes Há 3 semanas Talapa enaltece trabalho da ONU Mulher em Moçambique Há 4 semanas