Página da Mulher Histórias de líderes que salvaram gerações Por Jornal Notícias Há 3 semanas Criado por Jornal Notícias Há 3 semanas 871 Visualizações Compartilhar 0FacebookTwitterPinterestEmail 871 A HISTÓRIA da mulher moçambicana carece de uma revisão nos manuais escolares, de forma a destacar o papel das líderes nacionais responsáveis pelas transformações, cujos efeitos perduram até à actualidade. Este é o ponto de vista da escritora Paulina Chiziane, que partilhou a trajectória de Josina Machel, da Rainha Achivanjila e Chicumbane, personalidades-chave de movimentos responsáveis por salvar gerações. Segundo a escritora Paulina Chiziane, a história de muitas líderes moçambicanas não é amplamente conhecida. Poucas pessoas sabem quem foi a Rainha Achivanjila, do Niassa, uma figura cuja reputação transcendeu a sua província, mercê do seu papel de unificação das tribos. Achivanjila era concubina do rei e tornou-se rainha depois de salvar centenas de escravos seleccionados para a morte devido às suas deficiências, que os tornavam inaptos para o comércio. Depois de uma década de segredo, ela revelou a sua acção ao monarca, mostrando os escravos protegidos e suas gerações saudáveis. Admirado pela visão, nada mais coube ao rei senão a proclamar rainha. “Após a morte do rei, Achivanjila governou de forma independente, preservando a autonomia das suas terras e do seu povo. Destacou-se pela resistência às pressões externas, como as tentativas de colonização portuguesa, para além da habilidade de unir tribos. Na época, desempenhou um papel central na valorização da mulher na sociedade”, contou. Chiziane destacou ainda que, à semelhança da história de Achivanjila, está o papel da Chicumbane, reconhecida por curar doenças a milhares de pessoas, com base em ervas na província de Gaza. Devido à sua grandeza, a região onde habitava foi assim designada em sua homenagem. “Em Eswatini (antiga Suazilândia), há descendentes dos escravos que Achivanjila ajudou. Fiquei feliz ao saber disso, por isso até hoje, quando uma Rainha Achivanjila falece, outra é escolhida para o trono, garantindo que o seu legado continue”, concluiu. De acordo com a fonte, ambas representam a resistência e a luta das mulheres africanas pela preservação dos seus direitos. Por isso, essas histórias devem ser divulgadas, a fim de desmistificar a associação das mulheres às feitorias ínfimas. Foto: Sergio Manjate Leia mais… Notícias Relacionadas Desvio de Namialo arrastado pelas águas Você pode gostar também Gueta Chapo desencoraja violência doméstica ESPECIALISTA LÁCEA DIMANDE: Inspirada pela avidez de prevenir a cegueira Educação tida como base para o empoderamento da mulher EDUCAÇÃO SEXUAL NA ESCOLA: Diálogo ajuda a formar adolescentes responsáveis MULHERESPaulina Chiziane Compartilhar 0 FacebookTwitterPinterestEmail Artigo anterior Barreiras ainda minam crescimento da mulher Próxima artigo Financiamento refém de factores sócio-culturais Artigos que também podes gostar Elas no empreendedorismo Há 1 semana Gueta Chapo desencoraja violência doméstica Há 2 semanas NA VÉSPERA DO 7 DE ABRIL: Frenesim na busca de capulanas na capital Há 2 semanas Financiamento refém de factores sócio-culturais Há 3 semanas Barreiras ainda minam crescimento da mulher Há 3 semanas TOXICODEPENDENTES: Mulheres superam vício e voltam a sonhar Há 1 mês