Segunda-feira, 31 Março, 2025
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Estuda-se viabilidade do hidrogénio verde

Por Jornal Notícias
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HÁ dinheiro para a realização de estudos do mercado de hidrogénio verde para o aumento da capacidade nacional de geração de electricidade e diversificação da matriz energética.

O projecto, alinhado à estratégia nacional de transição energética e da empresa pública Electricidade de Moçambique (EDM) 2018-2028, prioriza o uso de fontes limpas e sustentáveis no processo de electrificação, cuja meta é garantir acesso universal à energia até 2030.

Para o efeito, o Banco de Desenvolvimento Alemão (KfW) e a EDM assinaram ontem um acordo de financiamento do projecto num valor global de 500 mil euros.

De acordo com o Presidente do Conselho de Administração da EDM, Joaquim Ou-chim, o projecto de hidrogénio verde vai auxiliar o programa de energia que na fase inicial, em 2020, tinha uma taxa anual de 100 mil a 150 mil novas ligações, contra as actuais 500 mil.

“Registámos um aumento de cinco para sete por cento na expansão da corrente eléctrica e queremos, com a conclusão das pesquisas de seis a nove meses, aferir a capacidade nacional de geração do hidrogénio verde, e na sua fase de implementação aumentar a disponibilidade de energia, rumo ao acesso universal em 2030”, explicou Ou-chim.

O embaixador da Alemanha, Ronald Munch, disse que estudos desta natureza são importantes por ajudar Moçambique a identificar o seu potencial de hidrogénio verde para impulsionar a economia e a transição energética, quer nacional, quer regional.

“A produção, armazenamento e a exportação de hidrogénio verde podem criar empregos e impulsionar o desenvolvimento da indústria e infra-estruturas para o povo moçambicano”, frisou Munch.

A directora nacional de Energia, Marcelina Mataveia, destacou que na prática o financiamento é destinado à contratação de consultores especializados que conduzirão estudos de mercado para iniciativas de hidrogénio verde.

“Assim, perspectivamos identificar a viabilidade técnica e económica deste projecto, não apenas para assegurar energia firme no país, mas também para explorar o seu potencial em outros sectores e para exportação de parte da energia a ser produzida”, concluiu Mataveia.

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