Quarta-feira, 2 Abril, 2025
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Do aumento do crime à impunidade dos autores

Por Jornal Notícias
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ALBERTO ZUZE

OS bairros da cidade de Maputo assistem, nos últimos dias, a um aumento preocupante da criminalidade, caracterizada por assaltos a residências e na via pública, roubos em estabelecimentos comerciais, para além de assassinatos e violação de mulheres.

Aparentemente, a situação tomou contornos alarmantes na sequência da vandalização de subunidades policiais, que deixou os bairros sem patrulhamento, resultando na baixa resposta e esclarecimento dos crimes, o que gera um clima de medo e insegurança entre os moradores.

Os cidadãos relatam que depois de serem vítimas da incursão dos malfeitores, procuram as instâncias competentes para denunciar, mas não obtêm respostas concretas e sequer há seguimento dos processos.

Outrossim, a falta de informação sobre o desfecho das investigações leva ao descrédito das instituições de administração da justiça ao mesmo tempo que acresce a sensação de insegurança e vulnerabilidade. 

O “Notícias” escalou os bairros de Chamanculo, Maxaquene, Mafalala, Inhagóia, Luís Cabral, Magoanine e Jardim, por sinal os mais assolados pela onda de criminalidade, onde ouviu relatos dos dias de terror vividos pelos residentes. 

Os munícipes, preocupados com a situação, pedem a intensificação do patrulhamento policial e rigor na investigação dos delitos, para que os criminosos sejam devidamente identificados e levados à barra da justiça.  

Outrossim, os dados da polícia apontam para uma evolução preocupante dos níveis de criminalidade em2024, na cidade de Maputo. De acordo com as estatísticas, os delitos contra a propriedade, como furtos e furto agravado, tiveram uma tendência crescente, enquanto os roubos diminuíram.  

Outrossim, nota-se uma subida dos casos de violação sexual de mulheres e menores, situação que tem alarmado tanto as autoridades como a população. 

Os especialistas em matérias de Direito defendem a necessidade de as vítimas recorrerem às instâncias competentes para obter informações, quando sentirem que determinado crime não foi tratado de forma adequada ou faltou clareza no processo.

Acrescentam que caso continue insatisfeita, a vítima pode interpor um recurso ou, em determinadas circunstâncias, solicitar uma revisão do processo, conforme previsto no artigo 771 do Código de Processo Civil (CPC), apesar de a maioria dos casos “morrer nas esquadras”.

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