Terça-feira, 1 Abril, 2025
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Três províncias acedem ao fundo de recuperação empresarial

Por Jornal Notícias
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FELISBERTO ARNACA

MICRO, Pequenas e Médias Empresas (MPME) das províncias de Nampula, Cabo Delgado e Tete beneficiam, desde sexta-feira, do Fundo de Recuperação Empresarial, financiado pelo Banco Mundial em cinco milhões de dólares norte-americanos (aproximadamente 320 milhões de meticais).

O fundo destina-se a apoiar as MPME afectadas por choques, ajudando-as a se manterem no mercado e é coordenado tecnicamente pela Agência de Desenvolvimento do Vale do Zambeze.

O financiamento é com base em subvenções comparticipadas em 10 por cento. O valor mínimo é de um milhão de meticais e o máximo de três milhões.

A cerimónia de lançamento e entrega de cheques gigantes a 26 subprojectos aprovados para a 3.ª Edição do Fundo Catalítico para a Inovação e Demonstração, de um total de 72 MPME candidatas, aconteceu em Nampula e foi presidida pelo Chefe do Estado, Daniel Chapo.

Na ocasião, Chapo disse que o Governo está a implementar o projecto de ligações económicas denominado Conecta Negócios, visando o reforço do desempenho das MPME, olhando para as oportunidades de negócio criadas pelos megaprojectos previstos, principalmente, em Cabo Delgado, que, a qualquer altura, podem retomar.

No âmbito da implementação do “Conecta Negócios”, foi lançada, em 2023, a 3.ª Edição do Fundo Catalítico, visando financiar iniciativas privadas, com uma abordagem de ligações empresariais inclusivas, focado na melhoria do acesso ao mercado por MPME, principalmente lideradas por jovens e mulheres.

Com foco no fortalecimento da ligação entre as PME, através do fornecimento de bens e serviços, o fundo prioriza Nampula, Cabo Delgado e Tete. As primeiras duas foram devastadas por ciclones e tempestades, além das manifestações violentas.

Esta iniciativa junta-se a outras que apoiam a tesouraria e investimento das MPME, como o Fundo de Desenvolvimento Económico Local, com crédito bonificado de 63 mil milhões de meticais e a janela de reestruturação de financiamentos concedidos às empresas afectadas pelas manifestações.

“Vamos continuar a criar fundos que facilitam ao sector privado e, consequentemente, estimular a economia para que rapidamente retome e possamos criar mais emprego para a juventude”, afirmou.

Disse tratar-se de um marco importante na implementação do “Conectar Negócios”, mas é apenas uma etapa. Reconheceu as dificuldades de acesso ao crédito bancário, acrescentando que a etapa seguinte será de implementação dos projectos financiados, segundo os acordos de subvenção assinados pelas empresas beneficiárias e o Governo.

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