Quarta-feira, 2 Abril, 2025
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Saúde introduz sistema de rastreio de fármacos

Por Jornal Notícias
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O CONTROLO e gestão de fármacos do Sistema Nacional da Saúde (SNS) serão reforçados, com a introdução, nos próximos tempos, de uma tecnologia avançada de rastreio, com vista a garantir a distribuição efectiva e abrangente de medicamentos nas unidades sanitárias à população.

O anúncio foi feito ontem, na cidade de Nampula, pelo ministro da Saúde, Ussene Isse, que reconheceu a falta de medicamentos nos hospitais, devido, em parte, ao roubo e descaminho por alguns funcionários do sector para fins pessoais. 

Trata-se de um mecanismo a ser implantado por uma empresa sul-coreana, numa iniciativa das autoridades moçambicanas, visando a melhoria da prestação de serviços de saúde pelo Estado.

Segundo o ministro, o sistema consistirá num “software” de monitoramento em tempo real, que permitirá acompanhar a trajectória dos medicamentos, desde o armazém central até a sua distribuição nos hospitais. 

Indicou que o rastreamento será aplicado em todas as unidades sanitárias e direcções provinciais de Saúde visando o controlo rigoroso dos “stocks” e a distribuição, possibilitando a identificação imediata de irregularidades e tomada de medidas contra eventuais desvios.

Isse acredita que a inovação tecnológica representará um avanço significativo na gestão eficiente dos recursos do SNS, para além de melhorar o acesso a medicamentos essenciais pela população.

O ministro falava a jornalistas no Hospital Central de Nampula (HCN), onde, na companhia de três especialistas, liderou uma cirurgia bem-sucedida a uma paciente de 32 anos, que há cinco anos sofria de um tumor no pescoço, denominado bócio. No fim da operação, que durou cerca de três horas, disse ser necessária a formação de mais médicos especialistas, de modo a garantir assistência a nível local. 

Aliás, realçou que a aposta do Governo é colocar especialistas e equipamentos adequados em cada província, de modo a reduzir a transferência de doentes para hospitais mais capacitados.

Segundo afirmou, o país tem condições humanas para atender os pacientes e evitar as longas listas de espera por cirurgias. 

Foto: Arquivo

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