Segunda-feira, 7 Abril, 2025
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EFEMÉRIDE: Mulher moçambicana em festa

Por Jornal Notícias
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ISAÍAS MUTHIMBA E JORDÃO CORNETA

O PAÍS celebra hoje, 7 de Abril, o Dia da Mulher Moçambicana. A data, que coincide, este ano, com a passagem dos 44 anos da morte de Josina Machel, foi escolhida para homenagear a todas as mulheres que, nas diferentes frentes, lutam pela sua emancipação e contribuem para o desenvolvimento do país com o seu saber e dedicação.

Josina Machel notabilizou-se pela sua participação activa e liderança na luta armada que levou o país à independência, e morreu no dia 7 de Abril de 1971, aos 25 anos, vítima de doença, em Dar-es-Salaam, numa altura em que a luta armada estava no seu ponto mais alto, mas o facto não abalou aos outros combatentes. 

O seu legado continua a atravessar gerações, inspirando a luta permanente pelo bem-estar colectivo, através da dedicação das mulheres nas diferentes esferas da sociedade, envolvidas em tarefas que inspiram mudanças positivas nos dias de hoje. 

Para além de recordar a morte desta heroína, o 7 de Abril é eternizado como símbolo de bravura e entrega de todas as mulheres moçambicanas, que não hesitaram em integrar a linha da frente, sob diferentes contribuições, na repulsão do jugo colonial português que durava no país há mais de meio milénio. 

Recorde-se que, em 1967, três anos após o início da luta armada, Josina Machel desempenhou um papel fundamental na criação do Destacamento Feminino (DF), integrando um grupo de 25 raparigas oriundas de várias regiões do país, que decidiram se juntar aos homens que se encontravam na Tanzania, com o objectivo de participar na luta directa contra o regime colonial. 

Nos dias de hoje, os seus feitos, lições de coragem e determinação servem de inspiração para a geração actual de mulheres que, ao lado do homem, procuram o sustento e dignidade para as suas famílias. 

Com o país a apresentar outros contextos e novos desafios, as mulheres continuam engajadas na causa do bem-estar dos moçambicanos, dando tudo de si para a construção de uma nação cada vez mais fixa nos pilares da paz e no alcance do desenvolvimento social e económico. 

É buscando fundamento neste legado que, muitas vezes, se diz que em Moçambique, as heroínas vestem lenço e capulana, imprimindo toda a sua força para o funcionamento da economia e  assegurando a estabilidade nacional, ao mesmo tempo que continuam a lutar pela sua emancipação. 

Nisto, elas encontram-se a travar outros tipos de batalha para o bem comum, mas outras estão ainda nas matas de Cabo Delgado, procurando devolver a tranquilidade das comunidades, através do combate ao terrorismo.  

O ponto mais alto das festividades desta efeméride será a deposição de uma coroa de flores na Praça dos Heróis Moçambicanos, na cidade de Maputo, com a participação de membros do Governo e representantes de diferentes organizações da sociedade civil, acto que deverá ser replicado em todas as sedes provinciais e distritais.

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