Segunda-feira, 7 Abril, 2025
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PARA EXALTAR A MULHER: Tchakaze e “Só Elas” tomam palco de assalto

Por Jornal Notícias
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NÁGEL MUNGOI

A CANTORA Tchakaze adiantou-se na celebração do 7 de Abril, Dia da Mulher Moçambicana, que se assinala hoje, com a apresentação, sexta-feira, do espectáculo multidisciplinar “Só Elas”, no Centro Cultural Franco-Moçambicano (CCFM).

Como sugere o título do evento, “Só Elas”, o palco foi preenchido por artistas femininas, transmitindo a ideia de motivação e inspiração às mulheres no sector criativo moçambicano. A artista juntou outras para através das artes performativas cantar contra a violência baseada no género e outros males, assim como promover uma sociedade igualitária em termos de direitos humanos e fundamentais.

Na sala grande do CCFM, a mestre de cerimónia, Juliana de Sousa, explicou ser uma oportunidade de repudiar a violência doméstica, promover o auto-cuidado e a expressão criativa entre as mulheres moçambicanas. Depois disso as artistas começaram a preencher o palco, momento acompanhado por um chamamento através do tema “Mulher Tem Força”, que expressa as barreiras por elas enfrentadas e a sua resiliência perante as adversidades.

Assim começou o espectáculo com as influências do pop, soul e dos estilos moçambicanos presentes na música de Tchakaze. Acompanhadas de passos de marrabenta e uma percussão tradicional vibrante, algo distinto naquela ocasião por ter sido desenvolvido por artistas femininas.

Enquanto isso, uma tela por detrás do colectivo rodava uma mostra fotográfica de mulheres nacionais de referência nas artes e cultura, como Paulina Chiziane, Elvira Viegas, Noémia de Sousa ou Reinata Sadimba.

Seguiu-se o tema “Dunguissa”, uma expressão da importância do amor e fraternidade no seio familiar. Os quatro minutos da música original alongaram-se com uma sequências de piano, guitarra e instrumentos percussivos.

A dança tradicional integrou o espectáculo com um número da dança xigubo, praticada principalmente nas regiões interiores de Gaza e Maputo, como símbolo da resistência colonial do país.

Como combatentes prontas para um conflito, as dançarinas apresentaram-se com lanças, escudos e trajes à base de peles de animais, os seus passos seguiram o som dos tambores enquanto expressavam gritos de guerra.   

Em jeito de fecho, de uma suposta primeira parte, Tchakaze chamou ao palco Kayena Xihiwa para interpretarem o som “Ngoma”, chamando o povo moçambicano para deleitar-se das diferentes brincadeiras e jogos tradicionais.

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