Segunda-feira, 14 Abril, 2025
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Aumentam mortes por doenças crónicas

Por Jornal Notícias
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MOÇAMBIQUE tem vindo a registar, nos últimos anos, um aumento preocupante do número de casos e mortes associadas a doenças crónicas não transmissíveis.

Resultados do Inquérito Nacional sobre Prevalência e Factores de Risco para as Doenças Crónicas Não Transmissíveis (InCRÓNICA 2024), recentemente divulgado em Maputo, revelam uma preocupação com a prevalência da hipertensão arterial, na ordem dos 31,6 por cento, significando que um em cada três adultos sofre da doença.

Outrossim, um em cada 20 adultos (4,1 por cento) é diabético, e um em cada seis adultos (15,7 por cento) tem níveis de colesterol alto (gordura no sangue), sobretudo entre mulheres.

Ivan Matsinhe, secretário permanente do Ministério da Saúde (MISAU), que dirigiu a cerimónia de divulgação do estudo, referiu que a prevalência da obesidade quase que duplicou de 7,5 para 13,8 por cento entre 2005 e 2024.

“Também é preocupante notar-se que entre 2005 e 2024 registou-se aumento importante dos factores de risco para doenças cardiovasculares na população em geral”, disse.

O inquérito aponta que o sedentarismo ou inactividade física duplicou de 6,5 por cento para 14,3 por cento, com maior intensidade nas mulheres. O mesmo se verifica no consumo de álcool, que subiu de 5,4 para 25,3 por cento. 

Para além disso, 17,3 por cento dos adultos dos 40 aos 69 anos têm um risco cardiovascular combinado superior a vinte por cento, com probabilidade de morte em dez anos.

“As doenças crónicas não transmissíveis constituem quase metade da demanda nos serviços de urgência e reanimação nas cidades de Maputo, Beira e Nampula”, afirmou.

Inácio Alvarengo, representante da Organização Mundial da Saúde (OMS), referiu que os resultados apresentados têm grande relevância para o Sistema Nacional de Saúde, visto que contribuem para ao fortalecimento das políticas públicas e intervenções sanitárias adequadas ao perfil epidemiológico, democrático e nutricional do país.

“A implementação do InCRONICA marca a primeira fase de um projecto de cinco que se estenderá até 2028 com a realização de mais dois inquéritos adicionais”, anotou.

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