Sábado, 12 Abril, 2025
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“Chapeiros” abandonam “Zedequias Manganhela”

Por Jornal Notícias
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OPERADORES dos transportes semi-colectivo de passageiros estão a abandonar o terminal rodoviário da Av. Zedequias Manganhela, na zona baixa da cidade de Maputo, devido ao acúmulo de águas pluviais e residuais.

Às aguas estagnadas, acresce-se à degradação acentuada da estrada, que torna a circulação de viaturas penosa. Trata-se de um troço que beneficiou, em 2023, de obras de reabilitação, mas voltou a degradar-se, forçando os transportadores e passageiros a definir “novos pontos de encontro”.

O local havia sido definido como terminal para os autocarros que ligam a vila de Boane, cidade da Matola, Liberdade e Mozal à baixa da capital, mas com a excepção destes últimos, todos abandonaram a zona.

“O autocarro deve ser levado à oficina, semanalmente, para a reparação de danos. Os passageiros também não conseguem ficar na paragem por causa do mau cheiro. É por isso que os operadores das rotas de Boane, cidade da Matola e Liberdade abandonaram tendo ficado os da Mozal”, disse Joaquim Hhamine, cobrador.

Eugénio Macucule, passageiro, manifestou o desagrado com o cheiro nauseabundo, que obriga os utentes a fazerem fila do lado da Av. Guerra Popular, para tomar os autocarros que vão a Boane ou à cidade da Matola.

Os vendedores informais também ressentem-se da falta de clientes por conta do abandono deste corredor.

“Os ‘chapas’ já não usam a via por causa da cratera que se abriu e impede a circulação rodoviária. Muitos optam pela Avenida 25 de Setembro, para mais tarde subir pela ‘Guerra Popular’, por isso, ficamos sem clientes”, relatou a vendedora Tinoca Cumbe.

O cenário origina ainda outros problemas de mobilidade, estacionamento irregular de viaturas e congestionamento, devido ao assalto a outros terminais.

João Munguambe, vereador de Infra-Estruturas e Salubridade, garantiu existir um plano de reabilitação da “Zedequias Manganhela”. Explicou que as obras consistirão na reparação do sistema de drenagem e reposição do pavimento.

“O nosso plano é que a requalificação inicie dentro de dois meses. Ainda não temos uma data, mas em breve iremos anunciar”, afiançou.

Foto: S. Manjate

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