Domingo, 13 Abril, 2025
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Redução de financiamento pode retroceder combate a doenças

Por Jornal Notícias
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OS cortes de financiamento a vários programas pelos parceiros de cooperação e os impactos nefastos dos eventos extremos com grandes implicações no sistema de saúde, pode levar ao ressurgimento e agravamento de doenças que o país já tinha se declarado livre.

Ademais, os factores descritos, para além de aumentarem o fardo de doenças para o sector da saúde, podem incrementar a frequência e gravidade dos surtos, e epidemias.

Esta informação foi partilhada ontem, na cidade de Maputo, pelo ministro da Saúde, Ussene Isse, numa intervenção na abertura da Reunião Anual das Associações Internacionais dos Institutos Nacionais de Saúde Pública (IANPHI 2025).

Como forma de responder a estes desafios, segundo o ministro, Moçambique é por reformas urgentes nas agendas nacionais e globais de saúde de modo a assegurar que a cooperação multilateral seja orientada para o reforço dos sistemas sanitários, para torná-los resilientes às crises.

“Apoiamos o uso de evidência científica para perspectivar um futuro melhor para a  saúde global. Defendemos que todos países devem possuir um INS, operacional como estratégia-chave para garantir mais e melhor saúde às populações”, disse.

Dentro deste contexto, o Governo moçambicano tem vindo a fortalecer o INS através do aprimoramento dos instrumentos legais, provisão de mais recursos, conferindo maior capacidade técnico-cientifica, administrativa e financeira.

Explicou que, por exemplo, nos últimos quatro anos, o país expandiu a representação geográfica do Instituto Nacional de Saúde, estabelecendo laboratórios em todas as províncias, sendo que o último será inaugurado ainda este mês na província de Gaza.

Severin Von Xylander, representante da Organização Mundial de Saúde (OMS)  defendeu um maior investimento em instituições de saúde fortes, cuja sustentabilidade não dependa exclusivamente de parceiros externos.

Contudo, realçou a importância da cooperação, partilha de informação a nível regional e global, como sendo cruciais para o fortalecimento dos institutos de saúde.

O evento de três dias conta, dentre várias personalidades, com o director-geral do Centro de Controlo de Doenças de África (CDC) que reforçou a pertinência da colaboração no combate às doenças que assolam África e o mundo.

Foto: S. Manjate

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