Editorial EDITORIAL Por Jornal Notícias Há 2 dias Criado por Jornal Notícias Há 2 dias 208 Visualizações Compartilhar 0FacebookTwitterPinterestEmail 208 A notícia sobre os homens armados que incendiaram sete viaturas na Estrada Nacional Número Um (N1) é, certamente, um dos assuntos que marcam a semana prestes a findar. O ataque, que ocorreu em Nhamapadza, distrito de Marínguè, província de Sofala, levanta preocupação, não somente pelo nível de danos causados ou por ter acontecido na principal estrada que liga o Sul e o Norte, mas, acima de tudo, por estar a pôr em causa a livre circulação de pessoas e bens. São ainda escassas as informações sobre as reais motivações do grupo que, segundo o Comando Provincial da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Sofala, para além de incendiar as viaturas também teria interrompido, instantes depois, a circulação de um autocarro de 30 lugares (Toyota Coaster), tendo recolhido dinheiro, telemóveis e outros bens dos passageiros e condutor, mandando de seguida o motorista continuar a viagem. Seja qual for a motivação, estamos perante mais um caso de insegurança pública, que se junta a tantos outros episódios que nos últimos meses vêm sendo relatados, sobretudo na N1. O incidente de Nhamapadza também gera preocupação, por envolver homens munidos de armas de fogo, nomeadamente uma metralhadora, facto que rema contra maré, tendo em conta os esforços, quer do Governo, quer de partidos políticos e outros segmentos da sociedade, na buscam da pacificação do país. A constante instabilidade, sobretudo no principal corredor rodoviário nacional, para além de dificultar a movimentação de pessoas e bens, cria incertezas nos investidores, retardando o almejado desenvolvimento e a melhoria das condições de vida dos moçambicanos. Aliás, a ocorrência deste ataque pode ser mais um sinal da existência de muitas armas de fogo em mãos alheias naquela zona e não só, o que chama à atenção para a necessidade de um trabalho aturado com vista à neutralização do grupo, sua responsabilização criminal e civil, e recolha do material bélico. Sem querermos estabelecer qualquer que seja o paralelismo, até porque a Polícia continua a investigar os factos, não poderíamos deixar de referir, nesta nossa reflexão, ao anúncio feito na última semana pelas Alfândegas de Moçambique da apreensão de volumes significativos de munições na fronteira de Ressano Garcia entre Moçambique e África do Sul. São dois episódios que embora possam parecer isolados mostram a apetência de grupos criminosos em fazer circular armas (também drogas) no território moçambicano, o que exige das autoridades um redobrar de esforços para cortar os tentáculos do crime organizado. Acreditamos que as tentativas de introdução deste tipo de mercadoria ilegal podem estar a ocorrer em vários outros pontos de fronteira, tendo em conta a sua extensão e porosidade. Porque não se pode combater o crime sem a colaboração da sociedade, somos todos chamados a ser vigilantes no sentido de garantirmos uma sã convivência nas comunidades. A paz é um bem imprescindível para o desenvolvimento. Por isso almejamos que o incidente de Nhamapadza seja esclarecido o mais rapidamente possível e os seus autores levados à justiça, a bem da tranquilidade de todos nós. Foto: Féling Capela Leia mais… Você pode gostar também Editorial EDITORIAL EDITORIAL EDITORIAL Editorial Jornal Noticias Compartilhar 0 FacebookTwitterPinterestEmail Artigo anterior Inaugurados navios para cabotagem marítima Próxima artigo Corpo encontrado com pernas e pulsos amarrados Artigos que também podes gostar EDITORIAL Há 1 semana EDITORIAL Há 2 semanas EDITORIAL Há 3 semanas EDITORIAL Há 1 mês EDITORIAL Há 1 mês EDITORIAL Há 2 meses