Sábado, 12 Abril, 2025
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Manifestações lesam CFM em 16.7 milhões de dólares

Por Jornal Notícias
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A EMPRESA Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) reporta um prejuízo total de 16.74 milhões de dólares (cerca de 1.07 mil milhões de meticais), um revés cuja causa principal são as manifestações pós-eleitorais, iniciadas em Outubro do ano passado.

Dos prejuízos registados, 14.88 milhões de dólares (pouco mais de 950 milhões de meticais) são relativos àcarga não transportada e/ou não manuseada devido aos bloqueios e assaltos nas ferrovias.

De igual modo, a empresa registou um défice de 1.86 milhão de dólares (cerca de 186 milhões de meticais) em equipamento e infra-estruturas vandalizadas pelos manifestantes.

De acordo com o Presidente do Conselho de Administração dos CFM, Agostinho Langa, que falava esta semana na XXVIII Reunião de Directores, a empresa não transportou nas suas linhas 1.3 milhão de toneladas líquidas, não manuseiou nos portos 545 mil toneladas métricas e sofreu vandalização parcial de quatro locomotivas, 14 carruagens, três estações ferroviárias e 1,3 quilómetros de linha. Também não atendeu a 563.787 passageiros que usam comboios para se movimentarem.

“Aos prejuízos causados pelas manifestações juntou-se a inoperância do sistema ferroviário do Zimbabwe, impedindo o transporte de cerca de 1,3 milhão de toneladas previstas no nosso plano. Contudo, já contamos com um orçamento e plano de recuperação”, garantiu.

Lamentou o facto de o bloqueio das vias e arremesso de pedras contra comboios constituir um modus vivendi em algumas zonas, com destaque para a região sul do país,como Tenga, Pessene, Moamba e Movente, na linha de Ressano Garcia, e Sikuama, Beluluane e Luís Cabral, na linha de Goba; assim como os bairros da Malanga, infulene, Machava, Mavalane e Ferroviário.

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