Terça-feira, 15 Abril, 2025
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NOVO SECRETÁRIO-GERAL DA ACLLN: Carlos Siliya promete dignificar combatentes

Por Jornal Notícias
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O NOVO secretário-geral da Associação dos Combatentes da Luta de Libertação Nacional (ACLLN), Carlos Siliya, compromete-se a trabalhar com os seus pares para promover a melhoria das condições socioeconómicas dos combatentes.

Siliya foi eleito, sábado, para um mandato de cinco anos, numa cerimónia que serviu, igualmente, para confirmar Daniel Chapo, presidente da Frelimo, como presidente desta agremiação, em substituição de Filipe Nyusi.

Ao cargo, Siliya, eleito com 103 votos, concorria com Raimundo Diomba, que teve 67, depois de Ágata Tadeu, que era secretária-geral interina, ter renunciado à corrida eleitoral.

Esta eleição, que teve lugar durante a realização da I Sessão Extraordinária do Comité Nacional da ACLLN, surge na sequência da morte, em Novembro último, de Fernando Faustino, que vinha dirigindo a associação.

Um dos objectivos do veterano da luta armada que está à frente desta organização é revitalizar o projecto do Museu da Resistência Colonial, na antiga “Vila Algarve”, em Maputo.

Pretende, igualmente, conferir uma nova imagem à “Zona Militar”, no bairro da Coop, na cidade de Maputo.

“Hoje, a Zona Militar é símbolo de vergonha para a nossa cidade. E apelidou-se de ‘Colômbia’, devido ao consumo excessivo de droga e álcool. Os mais afectados são os combatentes e seus filhos”, disse Siliya, assinalando que vai trabalhar com o Governo, através dos ministérios dos Combatentes e da Defesa Nacional, para que sejam tomadas medidas urgentes com vista à restituição da dignidade dos moradores daquela zona.

O novo secretário-geral da ACLLN quer também rever os critérios do funcionamento do Fundo da Paz e os seus propósitos, assim como criar o gabinete dos descendentes nos secretariados provinciais.

“As linhas-mestras e os desafios da ACLLN, nos próximos cinco anos, são um conjunto de actividades a desenvolver com o apoio do nosso partido Frelimo, que dá importância à preservação do percurso histórico da luta armada de libertação nacional, como património do povo moçambicano e do seu Estado” , enfatizou.

Disse ainda que a ACLLN, uma das organizações sociais do partido Frelimo, vai recolher e divulgar as memórias dos combatentes, bem como solicitar a revisão da pensão de reforma dos veteranos da luta armada de libertação nacional.

Na ocasião, o presidente da Frelimo desafiou a nova direcção da ACLLN e todos os membros da organização a primarem pela excelência na liderança da associação e também de cidadania activa.

Daniel Chapo falou ainda da importância desta organização na preservação do legado da Frelimo e da epopeia da luta armada de libertação nacional, mas também dos valores da independência, paz e patriotismo.

Exorta aos veteranos da luta a continuarem a divulgar a história do país, falando sobre as suas experiências de luta armada, mesmo para que fique registado nos anais da nação e na memória colectiva dos moçambicanos, o sacrifício por que os combatentes passaram para erguer Moçambique.

Antigo ministro dos Combatentes, entre 2020 e 2022, Carlos Siliya foi conselheiro do Trabalho na Missão Permanente de Moçambique junto das Nações Unidas para a Organização Mundial do Trabalho e Migração.

Formado em Antropologia e Diplomacia, Siliya é Mestre em Diplomacia e Relações Internacionais, feito em Genebra, na Suíça.

Foto: J. Muianga

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