ENCERRAMENTO DA “GRAÇA MACHEL” Instalado braço-de-ferro entre pais e a Educação

QUITÉRIA UAMUSSE

ESTÁ instalado o braço-de-ferro entre os pais e encarregados de educação da Ponta do Ouro, no distrito de Matutuíne, e as autoridades do sector de tutela, na sequência do encerramento da Escola Comunitária Graça Machel, por despacho da Ministra de Educação e Desenvolvimento Humano, Carmelita Namashulua, alegadamente por falta de condições.

A decisão obrigou a transferência dos mais de 750 alunos para a Escola Primária Completa (EPC) da Ponta do Ouro, situação que poderá pressionar este estabelecimento de ensino.

A EPC que lecciona de 1.^a a 8.^a classes, conta com apenas 11 salas de aula, para os alunos divididos em três turnos. Com a chegada dos novos estudantes, ora em processo de inscrição, as condições de ensino e aprendizagem podem complicar-se. Segundo um dos gestores da “Graça Machel”, que não quis se identificar, para além da insuficiência de salas de aula para acolher os transferidos e, ao mesmo tempo, os alunos da EPC, há um risco de alguns sentarem no chão. “Prevemos a formação de turmas numerosas”, adiantou a fonte.

Sobre o encerramento do estabelecimento de ensino, indicou que este vinha sendo alvo de inspecções, nas quais eram constatadas irregularidades e deixadas recomendações, daí que as autoridades concederam uma licença provisória.

“A escola não tinha biblioteca, espaço para as aulas de educação física, laboratório, sector administrativo, sala de informática, sala de professores, e nem energia”, detalhou.

Entretanto, o patrono vinha organizando as instalações de forma faseada, de acordo com a disponibilidade financeira.

“O titular do espaço construiu a escola com cinco salas de aula, como forma de reduzir a distância percorrida pelos alunos para a ‘Secundária’ de Zitundo e o internato de Mabilibile. Depois pediu o apoio do Governo que disponibilizou professores e garantiu a sua remuneração”, disse.

Segundo a mesma fonte, a direcção da escola…

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