Quarta-feira, 18 Dezembro, 2024
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GIFIM rastreia milhões de meticais suspeitos

Por admin-sn
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O GABINETE de Informação Financeira de Moçambique (GIFIM) efectuou de Janeiro de 2020 a Outubro de 2023 o rastreio de mil milhões de meticais por suspeita do dinheiro estar associado a práticas criminosas e submetido a processos de branqueamento.

A atenção foi despertada depois da verificação de depósitos em numerário de forma parcelada, tendo se verificado, posteriormente, a sua circulação em diversas contas bancárias, dissimulando e utilizando canais legítimos para a exportação ilícita de capitais, sob pretexto de importação de mercadorias.

Assim, suspeita-se que o dinheiro seja resultante da prática de tráfico ilícito de estupefacientes e de substâncias psicotrópicas, infracções tributárias, associação criminosa, entre outros tipos de crime.

A monitoria consta de uma análise levada a cabo pelo Gabinete de Informação Financeira de Moçambique (GIFIM), recentemente divulgada.

A metodologia utilizada para a elaboração desta avaliação decorreu da análise das comunicações e informações recebidas pelo GIFIM assim como dos relatórios de informação/inteligência financeira disseminados pelas instituições.

Esta análise insere-se no quadro da recomendação 29 do Grupo de Acção Financeira (GAFI), que prevê que o GIFIM deve realizar ou conduzir dois tipos de avaliação, sendo uma operacional e outra estratégica.

De acordo com o documento a que o “Notícias” teve acesso, foram avaliadas 357 comunicações, informações e relatórios de operações suspeitas que o GIFIM recebeu de diversas instituições.

Refere-se que chamaram atenção a ocorrência de práticas como a criação de várias empresas controladas pelo mesmo indivíduo ou grupo, e abertura de contas bancárias em diversas entidades financeiras.

Por este meio, o GIFIM descreve que entre Janeiro de 2020 e Dezembro de 2022 trabalhadores dos verdadeiros proprietários destas entidades introduziram fundos de origem desconhecida no sistema financeiro nacional.

De acordo com a entidade, estas práticas tinham a intenção de conferir aos fundos ou activos uma aparência lícita ou legal, dissociando ou dissimulando a real origem ilícita ou criminosa.

As situações ocorreram em grande medida na cidade de Maputo, Nampula e Nacala, locais designados como de alto risco.

O GIFIM é a autoridade central capacitada para receber, recolher, analisar as comunicações de operações suspeitas, comunicações de montantes quando se trata de transferência electrónica de fundos iguais ou superiores a 750 mil meticais e quando se trata de transacções em numerário, depósitos ou levantamentos de montantes iguais ou superiores a 250 mil meticais.

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