Opinião & Análise Comunicação não é o que dizemos, é o que os outros percebem do que dizemos Por Jornal Notícias Há 7 meses Criado por Jornal Notícias Há 7 meses 2,4K Visualizações Compartilhar 0FacebookTwitterPinterestEmail 2,4K SHEILA MIQUIDADE* smiquidade@kuentxa.co.mz instagram: @sheila.miquidade NA era da comunicação instantânea e da interconectividade constante é fácil cair na armadilha de acreditar que a comunicação se resume ao que dizemos ou escrevemos. No entanto, a verdadeira essência da comunicação reside na compreensão do que é comunicado. É mais do que apenas transmitir palavras; é garantir que a mensagem seja interpretada de forma precisa e significativa pelo receptor. Quando nos comunicamos, é comum nos concentrarmos apenas na nossa própria perspectiva, na forma como articulamos nossos pensamentos e sentimentos. No entanto, a comunicação eficaz vai além da expressão pessoal; envolve considerar como nossas palavras, tom de voz, linguagem corporal e contexto são interpretadas pelos outros. Afinal, o que realmente importa não é o que dizemos, mas, sim, o que os outros entendem do que dizemos. A importância da compreensão na comunicação pode ser ilustrada através de diversos exemplos do nosso dia-a-dia. Por exemplo, imagine uma situação em que um gestor fornece instruções claras para uma tarefa aos membros da equipa. No entanto, se as instruções forem ambíguas ou mal-interpretadas pelos membros da equipa, isso pode levar a erros na execução da tarefa e atrasos no projecto. Nesse caso, a lacuna na compreensão da comunicação pode ter consequências significativas para o resultado. Outro exemplo comum é quando expressamos nossas emoções e sentimentos aos outros. Podemos acreditar que estamos sendo claros e directos sobre como nos sentimos, mas se não considerarmos o contexto, a linguagem corporal e a perspectiva do receptor, a nossa mensagem pode ser distorcida ou mal-interpretada. Isso pode levar a conflitos, mal-entendidos e até mesmo danificar relacionamentos interpessoais. Portanto, para promover uma comunicação eficaz, é fundamental praticar a empatia e a escuta activa. Isso envolve não apenas expressar nossos pensamentos e sentimentos de forma clara e honesta, mas também estar aberto e receptivo às perspectivas dos outros. Ao adotar uma abordagem mais empática, podemos nos conectar de forma mais significativa com os outros, construir relacionamentos mais fortes e evitar mal-entendidos. Veja aqui três dicas importantes para ter uma comunicação clara e assertiva: Seja direto e conciso: ao comunicar uma mensagem, evite rodeios e vá directo ao ponto. Use linguagem simples e objectiva para transmitir as suas ideias de forma clara e eficaz. Evite gírias ou linguagem técnica desnecessária que possa confundir o receptor. Lembre-se de que menos é mais quando se trata de comunicação clara e assertiva. Pratique a escuta activa: comunicar-se efectivamente não se trata apenas de transmitir a sua própria mensagem, mas também de ouvir atentamente os outros. Pratique a escuta activa, o que significa dedicar toda a sua atenção ao que a outra pessoa está a falar, sem interromper ou julgar. Faça perguntas de esclarecimento para garantir que você compreendeu correctamente o que foi dito e demonstre empatia ao responder. Use feedback construtivo: o feedback é uma parte essencial da comunicação clara e assertiva, pois ajuda a identificar o grau de entendimento da sua mensagem e, assim, poderá esclarecer mal-entendidos. Ao seguir essas dicas, você pode melhorar significativamente sua habilidade de comunicar de forma clara e assertiva, promovendo relacionamentos mais saudáveis, eficazes e produtivos em todas as áreas da vida. Nota: se quiser evoluir mais sobre este tema, recomendamos a leitura do livro “Comunicação Não Violenta”, de Marshall B. Rosenberg. * CEO da Kuentxa Academia de Comunicação Estratégica e de Liderança Humanizada Leia mais… Você pode gostar também Nem tudo está sempre bem: como não cair na armadilha da positividade tóxica CÁ DA TERRA: Um porco espião REFLEXÕES DA MUVALINDA: Erros inadmissíveis estão na moda, pois não? O que é isso, senhor Feizal Sidat? DESTAQUESOpinião & Análise Compartilhar 0 FacebookTwitterPinterestEmail Artigo anterior Talapa preocupada com acidentes de trabalho Próxima artigo Serviços da LAM deixam a desejar Artigos que também podes gostar BELAS MEMÓRIAS: O ovo não se parte, pai! (3) Há 4 dias CÁ DA TERRA: Não há lugar para a descrença Há 4 dias Rússia e África: Passado e futuro da amizade (Concl.) Há 7 dias Rússia e África: Passado e futuro da amizade (1) Há 7 dias REFLEXÕES DA MUVALINDA: E se der certo?! Há 7 dias O retorno de Trump anuncia uma abordagem mais dura dos EUA em... Há 1 semana