Opinião & Análise Bancos: queremos o nosso “taco” Por Jornal Notícias Há 7 meses Criado por Jornal Notícias Há 7 meses 6,3K Visualizações Compartilhar 1FacebookTwitterPinterestEmail 6,3K Albino Soquisso SOU cliente de vários bancos comerciais. As minhas contas não são assim tão gordas que me possa orgulhar de estar neste e/ou naquele banco. Não. Abri-as por várias contingências próprias de quem não tem dinheiro. Sucede, porém, que de há uns dias para não cá o meu dinheiro está “preso” nas ATM. Preciso do taco para suprir as despesas diárias tais como o pagamento da renda de casa, despesas de água, energia e alimentação, transporte, entre outras. Afinal, este é meu suor (I nhuku wanga). Senhores: quando não pago a renda dentro dos dias combinados com o dono da casa, este, sem quaisquer contemplações, vai-me ao bolso com o pagamento de multas. O mesmo acontece com o dono dos tanques de água lá do meu aldeamento. Em relação à energia não pago multa porque uso o Credelec. Mas fico às escuras, não podendo realizar certas actividades à noite. Se não tenho dinheiro para o transporte, os meus filhos não vão à escola e eu próprio não tenho como me deslocar ao trabalho. Certo dia, esta semana, fui a uma casa de pasto para uma refeição rápida e regresso também rápido ao trabalho. Pedi o que pedi, bebi o que bebi e por último pedi a conta que me foi passada também rapidamente. Não interessa quanto. A verdade é que solicitei o POS para pagamento. Raspei os três cartões correspondentes a três diferentes bancos, mas em nenhuma das ocasiões tive sucesso. Pedi ao dono do estabelecimento que me deixasse ir ao ATM mais próximo a fim de efectuar o levantamento do dinheiro para o pagamento, ao que ele anuiu. Até porque sou cliente de tal casa e não havia espaço para desconfianças que eu pudesse por-me ao fresco sem liquidar a minha conta. No ATM perdi o meu “rico” tempo na fila. À minha frente estava tanta gente tentando efectuar o levantamento. Uns, com um pouco de sorte, ainda conseguiam realizar uma e outra operação. Mas muitos estavam com caras de raspar mandioca, amarguradas por não conseguirem levantar o seu dinheiro. Também não consegui. Voltei ao estabelecimento para me humilhar perante o dono e “negociar” uma modalidade de pagamento da dívida. Mas aquele que não é conhecido como se arranja? Aceito que haja problemas com o sistema, mas esses problemas devem ser resolvidos com a máxima urgência possível, pois nós clientes dos bancos, dentro e fora do país, estamos a passar mal. Já agora, talvez fosse digno e até higiénico que alguém ligado ao sistema financeiro desse a cara para explicar ao povo afinal de contas o que se passa com os cartões dos ATM. Enquanto isso não ocorrer vamos gritar sempre que queremos o nosso dinheiro. Respeitemo-nos, por favor. Você pode gostar também Reflexões de Muvalinda: Solitude: Amar Estar Só REFLEXÕES DA MUVALINDA: Sobre a Paz Adiado sonho de mudar-se para a “cabaninha” BELAS MEMÓRIAS: O ovo não se parte, pai!(1) DESTAQUESOpinião & Análise Compartilhar 1 FacebookTwitterPinterestEmail Artigo anterior REFLEXÕES DA MUVALINDA: Síndrome da Felicidade Adiada Próxima artigo Que perfil de trabalhador esperar nos dias de hoje? Artigos que também podes gostar REFLEXÕES DA MUVALINDA: Coragem Há 21 horas DIGNIDADE E DIREITOS (192): Matrimónio tradicional, herança e a dignidade Há 1 dia BELAS MEMÓRIAS: O ovo não se parte, pai! (3) Há 5 dias CÁ DA TERRA: Não há lugar para a descrença Há 5 dias Rússia e África: Passado e futuro da amizade (Concl.) Há 1 semana Rússia e África: Passado e futuro da amizade (1) Há 1 semana