Quinta-feira, 21 Novembro, 2024
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Interrupção de circuncisões aumenta infecções

Por Jornal Notícias
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O PROGRAMA de Circuncisão Masculina Voluntária (CMV) está suspenso, desde Novembro último, nas unidades sanitárias de todo o país, situação que pode concorrer para o aumento de infecções sexualmente transmissíveis (ITS).

Segundo o responsável do programa, Acácio Martins, o facto eleva o risco de contração de patologias como a infecção urinária, sífilis e HIV, cujas chances de contágio reduzem em 60 por cento com o procedimento cirúrgico.

“O programa priorizava adolescentes dos 15 anos em diante, por serem a faixa etária de alto risco de doenças sexualmente transmissíveis. Entretanto, o procedimento é feito a partir dos dez anos. Tivemos que interromper a distribuição de material médico-cirúrgico por causa da pandemia da Covid-19”, explicou.

Martins referiu ter diferentes situações que retraem as pessoas de realizar a circuncisão, tais como casos de lesões durante a cirurgia, dores no órgão genital masculino, sangramento e aspectos sócio-culturais.

“Nas unidades sanitárias há maior afluência de indivíduos dos 15 aos 20 anos, com uma média diária de cerca de dez a 15 pacientes. Estamos preocupados com o número reduzido de adultos que aderem ao serviço, geralmente por questões culturais, medo e discriminação”, frisou.

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