Sexta-feira, 22 Novembro, 2024
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EDITORIAL

Por Jornal Notícias
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O PROCESSO político rumo às eleições gerais e das assembleias provinciais agendadas para o dia 9 de Outubro de 2024 conheceu novo ímpeto, com os principais actores envolvidos numa corrida frenética contra o relógio, quando estamos, justamente, a cinco meses do sufrágio. 

Na verdade, o calendário eleitoral está apertado, em termos de prazos para o cumprimento das actividades programadas, mas ainda assim, os partidos políticos – os principais intervenientes do processo – esforçam-se internamente por refinar as suas máquinas para responder da melhor maneira ao imperativo constitucional de realização periódica das eleições no país.

Neste contexto, assistimos, esta semana, concretamente no último domingo, na cidade da Matola, a eleição do candidato presidencial do partido Frelimo, Daniel Chapo, numa escolha do seu Comité Central. Chapo foi o melhor dos melhores, e terá, caso seja eleito, a missão de dar continuidade ao trabalho realizado pelos seus antecessores, tendo sempre em conta os objectivos e o programa do partido para o desenvolvimento do país e o bem-estar dos moçambicanos.

Outra formação política que anunciou o seu candidato às presidenciais de 9 de Outubro foi o Movimento Democrático de Moçambique (MDM). Com efeito, reunido em Conselho Nacional, na cidade da Beira, o partido elegeu Lutero Simango para concorrer à Presidência da República.

A Renamo, a segunda maior força política do país, prepara-se para o mesmo processo. Esta semana, foram conhecidos os pré-candidatos para a liderança do partido, que deve se reunirem congresso nos dias 15 e 16 de Maio corrente, no distrito de Guruè, província da Zambézia, para a escolha do seu candidato presidencial.

Na corrida contra o relógio, muitos outros actores do xadrez político nacional estão já a esmerar-se para a escolha dos seus candidatos, a exemplo do partido Nova Democracia (ND), cuja reunião da Comissão Política Nacional deverá realizar-se dentro de dias. A Comissão Nacional de Eleições (CNE) recebeu, até terça-feira, 7 de Maio, documentos de 43 organizações, manifestando a intenção de concorrer nas eleições, 39 das quais são partidos políticos, uma coligação de partidos políticos e três de grupos de cidadãos eleitores proponentes.

Ontem, o órgão iniciou o processo de aprovação ou rejeição dos pedidos expressos, acto que poderá ocorrer durante os próximos 15 dias. A partir do dia 13 de Maio, ou seja, segunda-feira, os documentos relativos às candidaturas para a Presidência da República são submetidos ao Conselho Constitucional.

Assim, esperamos que, tanto a escolha dos candidatos para a corrida presidencial a nível das forças políticas que ainda não realizaram os encontros para o efeito, incluindo candidaturas independentes, quanto a submissão ao órgão de direcção e supervisão das eleições (CNE) será um processo democrático, pacífico e ordeiro, quando, até porque o país celebra os 30 anos da realização das primeiras eleições multipartidárias.

É nossa convicção que as escolhas feitas ou ainda por fazer reflectem ou vão reflectir a vontade dos membros desses partidos e que no final dos processos saiam cada vez mais robustecidos e coesos, para a sua participação condigna no sufrágio.

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