Opinião & Análise CÁ DA TERRA: Ensina no caminho em que deve andar (Conclusão) Por Jornal Notícias Há 6 meses Criado por Jornal Notícias Há 6 meses 2,5K Visualizações Compartilhar 1FacebookTwitterPinterestEmail 2,5K Nairobi é a maior cidade do Quénia, congregando o maior parque industrial e uma população que deve atingir os seis milhões já no próximo ano, sendo que mais de metade reside em assentamentos informais. Desde logo, ressaltam alguns dos mais importantes desafios, como a gestão de resíduos sólidos na periferia, que, entretanto, não encontra paralelo com o que se passa no cimento onde há um empenho e dedicação em combater os focos de lixo. Esse exercício inclui a limpeza e recolha de resíduos sólidos no período nocturno. A cidade também tem a seu favor a existência de um sem número de agremiações que se dedicam à recolha e reciclagem, o que faz toda a diferença. No entanto nas áreas peri-urbanas os desafios vêm ao de cima, sobretudo devido à falta de sistemas organizados e em parte por culpa de dificuldades de acessibilidade e falta de infra-estrutura de apoio adequada. As inundações que a capital experimentou na presente época foram atribuídas, ao bloqueio ao longo dos sistemas de esgoto, e o descarte indiscriminado de resíduos em ravinas, canteiros centrais e em áreas de inundação. Estima-se que Nairobi gere 2400 toneladas de resíduos diariamente. Desse total, mais de 50 por cento é orgânico e a tendência de contínua urbanização indica para aumento das quantidades nos próximos anos, que só a capacitação das comunidades locais na cadeia de gestão de resíduos poderá ajudar. Outro desafio sempre presente tem que ver com a gestão do crescente tráfego, sobretudo nas horas de ponta, altura em que as ruas recebem maior fluxo. Interessante foi ver que apesar da situação, não reina o caos. Cada um espera e respeita a prioridade, sobretudo dos peões que não sofrem a crueldade e os empurrões que é comum ver na nossa realidade. Ademais, Nairobi está a crescer, daí que surgem, a cada esquina novas e mais amplas rotas para acomodar da melhor forma o fluxo crescente do tráfego. Mesmo assim, tudo indica que vai levar tempo e custar avultados recursos para resolver o problema. Os quenianos já saíram da zona de conforto ao definirem as prioridades de desenvolvimento da sua capital em que a questão do lixo, as vias de acesso e melhoramento dos bairros informais aviltam como foco, sem descuidar a preservação do meio ambiente. Com efeito, em várias áreas da capital é possível ver deslumbrantes áreas verdes no meio do betão e uma disciplina no que diz respeito ao comércio, cujo lugar é nos mercados e feiras e não nas ruas. A sua posição geográfica como um ponto intermédio natural no continente e uma porta de entrada para a África oriental faz desta cidade um porto seguro para investimentos, sendo possível encontrar aqui as representações de importantes marcas internacionais, facto também alimentado por uma abordagem progressiva e empreendedora. Nairóbi também se tornou um centro de aviação para a região, assim como para boa parte da África Subsaariana, dado o seu fácil acesso à Europa e Ásia. Aliás, as estatísticas mostram um crescente fluxo de investimento Indiano e Chinês. Os chineses estão sobretudo em projectos de infra-estrutura em grande escala, como sejam as auto-estradas e também no sector ferroviário. O Quénia também ostenta uma das moedas mais estáveis do continente. O shilling queniano apresenta-se, de facto, como uma jóia de Kenyata, o líder que está no coração dos seus concidadãos a avaliar pelas inúmeras representações e símbolos a ele associados um pouco por toda a cidade, incluindo no dinheiro usado nas transações comerciais. Sentimos em parte isto nos dias em que estivemos no centro de Nairobi, uma cidade dinâmica, que praticamente não “dorme”. Mas como não há bela sem senão, não deixamos de registar o desleixo e má prestação de serviço da LAM de lá, a Kenia Airways, que nos fez chegar ao Aeroporto de Nairobi ainda de madrugada, para levantar voo às 7.40, no percurso para Dar-Es-Sallam, o que só viria a concretizar-se às 12.30, cinco horas depois. Por isso, continuo a dizer com fé: há que ensinar no caminho em que deve andar. Só assim poderemos vencer. 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