Polícia detém suspeito de assassinato de mulheres em Mandlakazi

A Polícia da República de Moçambique (PRM) deteve ontem (28), no distrito Municipal KaTembe, na cidade de Maputo, um cidadão nacional de 35 anos de idade, indiciado de assassinar nove mulheres, das quais uma menor, no distrito de Mandlakazi, em Gaza, o que tem vindo a desencadear uma onda de tumultos violentos na zona.
Segundo o Chefe das Relações Públicas no Comando Provincial da PRM em Gaza, Carlos Macuácua, na altura da detenção o indiciado foi alvejado nas pernas, estando a receber cuidados médicos no Hospital Provincial de Xai-Xai, para onde foi evacuado depois de ter sido entregue às autoridades policiais de Gaza perto da meia-noite desta quarta-feira (29).
O indiciado é confesso, e disse a jornalistas na manhã de hoje que matou 11 pessoas nos últimos anos, sendo nove no distrito de Mandlakazi, onde vivia recentemente.
“Fui a um curandeiro para tomar um banho porque não tinha sorte na vida. Ele pediu dez mil meticais e eu dei apenas a metade porque não tinha mais. Não sei se é isso que me faz matar”, disse o indiciado, cujo primeiro homicídio remonta ao ano de 2011, quando matou a esposa, a quem acusava de o de ter traído. Pelo crime foi condenado a 16 anos de prisão, dos quais cumpriu apenas 6 em regime semi-aberto, antes de fugir da Penitenciária de Mabalane, no norte de Gaza.
“Fui a Mandlakazi porque conheci uma mulher pelo telefone, com quem passei a conversar. Trabalhávamos a terra enquanto vivia com ela, mas depois a traí com uma amiga dela depois matei as duas porque já tinha uma relação com uma terceira mulher”, afirmou, acrescentando que abandonou Mandlakazi neste mês, de regresso a Manhiça, de onde é natural.
Neutralizado no distrito Municipal Ka Tembe, onde já vivia com uma mulher o indiciado pede perdão às autoridades e aos moçambicanos e lamentando que a sua detenção tenha ocorrido quando já estava decidido mudar de vida.

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