ZONA DE COMÉRCIO LIVRE EM ÁFRICA: Interligar bancos centrais para promover negócios

A FALTA de integração e interoperabilidade entre os sistemas de pagamentos dos bancos centrais africanos está a inviabilizar a realização em pleno das transacções económicas para além de dificultar a inclusão financeira no continente.

Assim, os bancos devem trabalhar na harmonização do quadro regulamentar e de supervisão e continuar a mitigar riscos como branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo.

Este alerta foi feito ontem pelo governador do Banco de Moçambique, Rogério Zandamela, na abertura do seminário da Associação dos Bancos Centrais Africanos, que decorre em Maputo visando a melhoria dos sistemas de pagamento para promover a inclusão financeira e o comércio intra-africano.

Neste contexto, espera-se que o Sistema Pan-Africano de Pagamentos e Liquidações lançado em Acra, em 2022, no âmbito do Acordo da Zona de Comércio Livre Continental Africana, impulsione o comércio intra-africano e a inclusão financeira.

Segundo Zandamela, a operacionalização do sistema permitirá pagamentos em moeda local entre os países africanos, reduzindo a dependência da liquidez em moeda estrangeira e os custos de transacção, o que levará ao aumento dos bens e serviços comercializados entre africanos.

Por seu turno, o secretário executivo da Associação dos Bancos Africanos, Djoulassi Kokou Oloufade, reconheceu, igualmente, a importância dos sistemas de pagamento na facilitação das transacções.

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