Daniel Chapo busca inspiração na Tanzânia 

O candidato da Frelimo para a eleição presidencial de 9 de Outubro, Daniel Chapo, visita, desde ontem, a República da Tanzania com o objectivo de se inspirar onde, em Junho de 1962, foi fundada a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO).

Chapo disse, naquele país, que, além de manter conversações com os líderes do Chama Cha Mapinduzi (CCM), partido libertador que está no poder neste país vizinho, vai igualmente trocar informações sobre o estágio da situação política nas duas nações e na região Austral de África, bem como buscar apoio para a sua vitória no escrutínio de Outubro próximo.

Daniel Chapo será recebido hoje, na capital Dar-es-Salaam, por Samia Suluhu Hassan, presidente do Chama Cha Mapinduzi e Chefe do Estado da Tanzânia.

Com Samia Suluhu Hassan, Daniel Chapo vai manter conversações sobre diversos assuntos que envolvem as duas formações políticas irmãs (Frelimo e CCM), bem como discutir mecanismos de fortalecimento das relações de amizade e cooperação política e governamental.

Passarão igualmente em revista a situação do terrorismo e do extremismo violento e os mecanismos de vencer este fenómeno, que assola a província de Cabo Delgado.

Nesta sua primeira deslocação ao estrangeiro na qualidade de candidato da Frelimo, Chapo vai visitar a campa de Mwalimu Julius Nyerere, líder revolucionário africano, pan-africanista e fundador da nação tanzaniana.

Aliás, Julius Nyerere, um dos ícones da história moderna mundial, muito trabalhou para a independência nacional de Moçambique, acolhendo no seu país os fundamentos dos líderes nacionalistas moçambicanos e todo o apoio para a criação da FRELIMO e o desencadeamento da luta armada de libertação contra Portugal.

Neste prisma, para Chapo, a visita à Tanzânia tem ciência porque é onde nasceu o movimento de guerrilha que libertaria Moçambique, a FRELIMO, que, anos mais tarde, transformou-se em partido político e que, desde 1975, continua a governar o país. E mais não faz senão ir buscar inspiração para, segundo ele, vencer as eleições. 

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