PROCESSO ELEITORAL: Pessoas com deficiência pedem maior inclusão

OS partidos políticos são chamados a primar pela valorização e inclusão das pessoas com deficiência durante o período da campanha eleitoral, bem como na elaboração dos programas de governação.

O apelo foi feito por Cantol Pondja, presidente do Fórum das Associações Moçambicanas de Pessoas com Deficiência (FAMOD), durante um diálogo com as formações políticas para a inclusão da agenda dos direitos das pessoas com deficiência nos manifestos eleitorais.

Pondja disse que a associação constatou que poucos partidos políticos consideraram o eleitorado deste grupo social, a começar pelos lugares onde organizam as campanhas eleitorais que dificultam a sua presença, alguns formatos digitais usados para transmitir as mensagens são de difícil compreensão dos conteúdos.

Criticou igualmente o facto de os partidos políticos não interagirem com as pessoas com deficiência durante a elaboração dos manifestos eleitorais com vista a colher as suas preocupações e visões em relação à governação.

“A questão da inclusão do protector solar na lista de medicamentos prioritários para pessoas com albinismo, que vem sendo prometida há vários anos, queremos que se cumpra. A obrigatoriedade da inclusão da língua de sinais na programação das televisões há muito tempo vem sendo prometida, mas há pouco progresso. É isso e muito mais que nós trouxemos aos partidos e queremos que eles incluam na sua agenda”, disse.

Acrescentou ainda a necessidade de se estabelecer cotas para integrar este grupo social na lista dos candidatos a deputados e membros das assembleias provinciais. Por seu turno, os partidos políticos que estiveram presentes no evento asseguraram que sempre consideraram as pessoas com deficiência tanto na elaboração dos manifestos eleitorais quanto na definição dos programas de governação.

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