Sexta-feira, 22 Novembro, 2024
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Piquete deve ser funcional

Por Jornal Notícias
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António Virgílio

SEMPRE que se aproxima o fim-de-semana é prática do cidadão procurar saber se a sua zona residencial ou locais de interesse não terão restrições no fornecimento da corrente eléctrica, uma vez que é neste período que equipas da empresa Electricidade de Moçambique fazem a manutenção das linhas.

Houve tempos em que a informação parecia de circulação restrita e os clientes eram surpreendidos com cortes inesperados, sem previsão de restabelecimento. Mas com o passar do tempo a informação tornou-se abrangente, motivado também pela velocidade das redes sociais.

As intervenções visam melhorar a qualidade de energia porque a mesma era questionável em alguns pontos, com oscilações e cortes frequentes sempre que houvesse mudança de tempo. Felizmente, estas inquietações estão paulatinamente a ser sanadas.

Igualmente, transitamos de contadores pós-pago para os pré-pagos que nos últimos tempos também estão a ser substituídos por outros com formato diferente e aparentemente mais seguros.

Todavia, a população continua às escuras, não por incapacidade financeira para a compra da recarga, mas por avarias cuja resposta por parte de quem de direito tarda a chegar, ou ainda porque os mecanismos de comunicação não são eficientes.

Neste momento questiona-se a utilidade do piquete porque quando solicitados os seus préstimos limitam-se a escutar a inquietação para depois prometer que o problema será solucionado. E, provavelmente por causa desta falta de flexibilidade, os consumidores nem sequer preocupam-se em ter o contacto das linhas telefónicas, uma realidade que se pode constatar sempre que há corte no fornecimento de energia e alguém toma a iniciativa de sugerir a ligação ao piquete.

Certamente que aparece alguém com o contacto ou recorre-se a diversas plataformas para consulta, mas a resposta que o piquete dá é sempre de que uma equipa já foi ou será destacada para repor a corrente.

Passam horas e dias e a única alternativa que os consumidores encontram é a de procurar uma equipa que por acaso esteja a passar nas proximidades, ou ainda uma viatura que se apresenta com um timbre desta empresa para apresentar a questão.

Esta situação abre espaço para que alguns trabalhadores ajam de má-fé, extorquindo os clientes desprovidos de corrente eléctrica.

A falta de corrente eléctrica cria transtornos e lesa os consumidores, e a empresa fornecedora nem sequer digna-se a ressarcir os lesados pelas perdas decorrentes da falta ou resposta tardia às suas inquietações. Veja-se o caso daqueles que o corte ocorre após fazer o rancho.

Sendo assim, pede-se flexibilidade na resposta às preocupações dos consumidores no que diz respeito ao corte da corrente não programado pela empresa fornecedora.

Foto: J.Capela

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