Domingo, 24 Novembro, 2024
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AFIRMA JACIRA FERREIRA: Sempre acreditei no meu sonho olímpico

Por Jornal Notícias
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IVO TAVARES

JACIRA Ferreira é o nome que vai estando na boca dos moçambicanos, em particular dos apaixonados pelo desporto, no caso judo, e só pelos melhores motivos. A judoca tornou-se, terça-feira, 25 de Junho, coincidentemente Dia da Independência Nacional, na terceira atleta qualificada para os Jogos Olímpicos, competição agendada para Paris, França, de 26 de Julho a 11 de Agosto.

Alcinda dos Santos, no boxe, e Deyse Nhaquile, na vela, eram as únicas até à data apuradas para o evento planetário, que vai literalmente parar a capital francesa durante três semanas.

Ainda tomada pela emoção desse feito inédito, Jacira Ferreira, com a simplicidade, a força e determinação que a caracterizam, disse que esta é uma “conquista da fé e sacrifício”.

“Sempre acreditei no meu sonho olímpico e enquanto houver oportunidades de disputar por um lugar nos Jogos Olímpicos trabalharei para lá chegar. Mas neste momento só tenho a agradecer a todo mundo que esteve comigo durante este percurso, que acreditou em mim incansavelmente para que eu alcançasse este sonho e objectivo pela qual tenho lutado dia após dia”, disse.

A judoca, de 26 anos, lançou um desafio aos atletas mais novos, quer no judo, quer noutras modalidades, no sentido de “nunca desistirem dos vossos sonhos, acreditem sempre no que almejam e batalhem para chegar o mais longe possível, mesmo que o mundo diga o contrário”, frisou.

Refira-se que Jacira conseguiu a qualificação através da Cota Continental (estatuto atribuído a 12 melhores classificadas de um país que não tenha qualquer atleta apurado), porque a mauriciana Priscilla Morand, na categoria de -48kg, que era sua principal concorrente, perdeu a Cota Continental para o outro judoca também das Maurícias, que fechou a qualificação com mais pontos.

Para o apuramento da judoca nacional mais cotada da actualidade foram também determinantes as boas prestações nos Opens de Marraquexe e Abdijan, nos quais foi medalha de bronze, tendo amealhado 100 pontos no somatório das duas competições. 

A atleta moçambicana torna-se na quinta judoca apurada aos Jogos Olímpicos, depois de Edson Madeira (Beijing-2008), Neuso Sigaúque (Londres-2012), Marlon Acácio (Rio-2016) e Kevin Loforte (Tóquio-2020).

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