Opinião & Análise BELAS MEMÓRIAS: Os “DJ” Por Anabela Massingue Há 4 meses Criado por Anabela Massingue Há 4 meses 1,5K Visualizações Compartilhar 0FacebookTwitterPinterestEmail 1,5K OS Disc Joker ou simplesmente DJ são indivíduos que animam momentos de celebração, buscando no seu talento as diferentes formas de satisfazer os diversificados gostos dos convivas, muitas vezes desconhecidos. Como qualquer indivíduo que trabalha servindo aos outros, eles também querem retorno que se pode medir pelo nível de adesão dos convivas às pistas. Quanto maior for o número que lá se faz, o DJ pode se auto-avaliar de forma positiva e o seu engajamento será, sem dúvidas, maior de forma a manter tal animação. Se os convidados se fazem à pista de dança por muito tempo, é mais um sinal de que o seu trabalho está a corresponder às expectativas e mais motivado ele ficará na colocação dos diferentes estilos musicais previamente seleccionados. Mas nem sempre estes indivíduos saem-se bem na fotografia. Aliás, senão estariam a trabalhar para satisfazer o gosto de um público muito diversificado e com gostos também diferentes. Por vezes dão-se muito mal, ao ponto de ficarem minutos a fio a esgrimir os seus argumentos em matéria de selecção de música mesmo de diferentes gerações, sem serem correspondidos. Acredito que este deve ser o seu momento frustrante. Mas porque foram contratados para animar a festa, por vezes até à saída do último convidado, não lhes resta nada senão lutar muito e mais para tocar no âmago de quem pode dar gosto ao pé ao ritmo da música que vão colocando. Fora das pistas de dança e de cabinas já aparecem alguns que se colocam no lugar de animadores de cabina ou de DJ dos convívios. Geralmente são pessoas que recorrem aos telefones sem auscultadores, obrigando aos demais, sobretudo nos transportes públicos, a ouvir o que não gostam nem sequer têm disposição para escutar. O som estridente dos aparelhos é já por si um incómodo, mas os seus proprietários não se dão conta disso, acreditando que aquilo que é do seu agrado, agrada também os demais, ou pura e simplesmente nem querem saber do que eles tocam. A chamada de atenção nem sempre resulta, apesar de haver quem entende, admite e assume que esteja a proceder erradamente. Outros espantam-se com o reparo, num sinal de quem está convicto de fazer boa coisa exibindo seu repertório. Estas coisas de querer mostrar o repertório nem sempre terminam bem. Cansado de ouvir o que não queria um jovem virou-se para o “DJ” dos meios de transporte públicos: -Vendo auriculares, aqui os têm! – Não gosto de auriculares. – Também não gosto do que estás aí a tocar. – O problema é teu, bay! Eu toco e escuto o que gosto e estou livre de o fazer onde quer que eu esteja. – Mas também sou livre de pagar a minha viagem e seguir tranquilamente, sem ser incomodado por ti. – Vamos ver quem ganha este jogo, porque eu também paguei a viagem para seguir relaxado, ouvindo a música que eu gosto. Ela é minha terapia. – Então, que use auriculares e desfrute dos teus gostos. … assim chegava a minha vez de abandonar aquele lugar … Leia mais… Você pode gostar também MÉDIO ORIENTE: Hezbollah que Israel combate no Líbano DOIS ANOS DA GUERRA NA UCRÂNIA: Maior lição é necessidade de honrar Carta da ONU Como o sucesso profissional pode se tornar um fracasso? Conheça o Princípio de Peter Cá da Terra: Nostalgia BELAS MEMÓRIASOpinião & Análise Compartilhar 0 FacebookTwitterPinterestEmail Artigo anterior GERGELIM EM LUABO: Falta de compradores desespera produtores Próxima artigo “Manifesto da Frelimo aponta soluções” Artigos que também podes gostar REFLEXÕES DA MUVALINDA: Coragem Há 3 dias DIGNIDADE E DIREITOS (192): Matrimónio tradicional, herança e a dignidade Há 3 dias BELAS MEMÓRIAS: O ovo não se parte, pai! (3) Há 7 dias CÁ DA TERRA: Não há lugar para a descrença Há 7 dias Rússia e África: Passado e futuro da amizade (Concl.) Há 1 semana Rússia e África: Passado e futuro da amizade (1) Há 1 semana