EXIGINDO A RETIRADA DE ILEGAIS: “Chapeiros” paralisam actividade em São Dâmaso

OPERADORES dos transportes semi-colectivos de passageiros da rota Patrice Lumumba/São Dâmaso, na Matola, suspenderam as actividades ontem, em protesto contra a presença de veículos que operam ilegalmente.

Segundo os transportadores, os “chapas piratas” invadem os corredores nas manhãs e no fim do dia, prejudicando o rendimento dos licenciados.

“Temos dificuldades de trabalhar por conta dos piratas que levam os passageiros de manhã e à noite sem estarem autorizados. Isso acaba afectando negativamente o nosso rendimento, que muitas vezes não chega para dar ao patrão e alimentar as nossas famílias”, relatou o transportador Élio Rafael.

Diante da situação, os “chapeiros” exigem acções concretas tanto da associação dos transportadores, quanto do Conselho Municipal da Matola, para combater as viaturas que operam sem licença.

“Pedimos que a associação traga soluções definitivas. Estamos cansados de promessas que não chegam a ser concretizadas” , referiu Rafael.

Depois de horas de negociações foi alcançado um acordo parcial com a entidade responsável pelos transportadores semi-colectivos e o município, entretanto, persistem dúvidas quanto à sua implementação.

“Neste encontro ficou acordado que a Polícia Municipal, em coordenação com os membros da associação, inicie amanhã (hoje) a fiscalização, de modo a evitar que os ‘chapas’ não autorizados continuem a circular”, disse o operador Ibraimo Rai.  

A paralisação teve impacto negativo no quotidiano dos residentes dos dois bairros que dependem dos “chapas” para se deslocarem aos seus destinos.

“Hoje (ontem) a situação esteve caótica para nos moradores de São Dâmaso. Tive que caminhar por quase uma hora para chegar ao local de trabalho porque não havia ‘chapas’ e isso condicionou a minha jornada”, relatou Olga Xavier.

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