Opinião & Análise Amigos com benefícios, namorados, companheiros, noivos… Por Jornal Notícias Há 4 meses Criado por Jornal Notícias Há 4 meses 2,3K Visualizações Compartilhar 0FacebookTwitterPinterestEmail 2,3K Rute Agulhas* ALGUMAS pessoas sentem uma enorme necessidade em rotular e, assim, melhor definir as relações amorosas que vivenciam. Outras pessoas, por seu turno, preferem deixar fluir e ver o que acontece, entendendo os rótulos como possíveis amarras que recusam manter. Será importante a rotulagem das relações? Será que o amor com rótulos nos limita ou nos ajuda de alguma forma? A forma como se define uma relação encerra em si, desde logo, um conjunto de expectativas. Sabemos (ou pensamos que sabemos) o que esperar daquela relação e isso acarreta, habitualmente, alguma segurança e sensação de controlo. É como se fosse mais fácil prever o que poderá acontecer. Assim, definir uma relação como “amigos com benefícios” ou como “namorados”, por exemplo, pode ajudar a saber com o que se pode contar – do outro e da relação. Permite ainda ao próprio perceber de forma mais clara como é, também, suposto comportar-se. Do outro lado da moeda temos a independência que muitas pessoas associam à ausência de quaisquer rótulos. É como se a etiquetagem da relação impusesse algumas regras, e ninguém quer amar com regras. Saboreia-se viver um dia de cada vez e a liberdade de não ter de dar qualquer tipo de satisfação às outras pessoas. Recusa-se o processo de colocar as emoções em caixinhas. Dependendo do ângulo com que se olha para a situação, assim é o entendimento que podemos ter. Significa isto que, para um relacionamento ser sentido como satisfatório para ambas as pessoas envolvidas será fundamental, sobretudo, a possibilidade de acordo relativamente ao nome – ou ausência deste – que lhe dão. Quando este acordo não existe e apenas um dos parceiros deseja o batismo da relação, é muito provável que comece a surgir alguma insegurança e desconforto e se pressione o outro no sentido de definir, afinal de contas, aquilo que vivem. Novamente, o segredo para o bem-estar de ambos reside na comunicação clara sobre aquilo que pensam e sentem. Se vivencia uma relação sem nome e se o nome é para si importante ou, pelo contrário, se se sente desconfortável com o rótulo que lhe foi atribuído, fale sobre isso com o seu parceiro de forma clara. Sem acusações, nem julgamentos, e com honestidade. *Psicóloga clínica e forense, terapeuta familiar e de casal Leia mais… Você pode gostar também REFLEXÕES DA MUVALINDA: Setembro Amarelo e outras coisitas a mais DESMISTIFICANDO O PODER DO CHEFE: Estratégias para fortalecer a sua posição no trabalho BELAS MEMÓRIAS: A influencer Bety REFLEXÕES DA MUVALINDA: Minha mãe, meu alicerce Amigos com benefícioscompanheirosnamoradosnoivos…Opinião & Análise Compartilhar 0 FacebookTwitterPinterestEmail Artigo anterior Por que os melhores talentos deixam o seu negócio? Próxima artigo Salimo Muhamad luta contra o cancro Artigos que também podes gostar DIGNIDADE E DIREITOS (192): Matrimónio tradicional, herança e a dignidade Há 46 minutos BELAS MEMÓRIAS: O ovo não se parte, pai! (3) Há 4 dias CÁ DA TERRA: Não há lugar para a descrença Há 4 dias Rússia e África: Passado e futuro da amizade (Concl.) Há 7 dias Rússia e África: Passado e futuro da amizade (1) Há 7 dias REFLEXÕES DA MUVALINDA: E se der certo?! Há 7 dias