Grande Maputo Falta de água nas escolas condiciona o ensino Por Leovigildo Cruz Há 4 meses Criado por Leovigildo Cruz Há 4 meses 1,3K Visualizações Compartilhar 0FacebookTwitterPinterestEmail 1,3K LEOVIGILDO DA CRUZ A FALTA de pagamento de água levou à suspensão do seu fornecimento a várias escolas das cidades de Maputo e da Matola, condicionando o processo de leccionação, com todos os impactos negativos para a saúde dos alunos. Fundamental para a vida, o recurso que devia ser o garante da saúde, higiene e dignidade das pessoas parou de jorrar nas torneiras, deixando milhares de estudantes, professores e corpo técnico-administrativo entregue à própria sorte. A água é um recurso crucial para a realização das actividades diárias, por isso o problema transformou a rotina escolar, tendo a preocupação com a sede e a higiene se sobreposto à necessidade de aprender. Na capital do país, mais de 20 estabelecimentos de ensino ficaram desprovidos do recurso durante mais de três meses, o que obrigou alunos a trazerem água das suas residências para o consumo e limpeza das casas de banho. Por temer a eclosão de doenças relacionadas com o saneamento deficiente, houve escolas como a “Unidade 18”, sita no bairro Aeroporto, que encerraram os sanitários, enquanto outras procuraram soluções locais. No município da Matola, a situação mais gritante ocorre no bairro da Liberdade, onde três instituições que partilham o mesmo recinto tiveram o serviço interrompido em meados de Junho. Trata-se do Instituto Superior de Artes e Cultura (ISArC), do Centro de Formação Profissional das Obras Públicas (CFPOP) e o Instituto Médio de Saúde Cefosama. No complexo onde as escolas funcionam, a higienização dos sanitários tornou-se impossível comprometendo o ambiente de aprendizagem. “Não temos água na escola, o que tem condicionado as aulas devido às péssimas condições nas casas de banho”, contou A. Bila, estudante do Instituto Cefosama. O problema tem barba branca e já foram feitos vários apelos para se encontrar uma solução para repor este serviço. “Há três meses que o fornecimento de água foi interrompido. Os sanitários estão fechados e exalam mau cheiro porque estão sujos”, contou um estudante do CFPOP que não se quis identificar. “Somos obrigados a comprar água ou a trazê-la de casa para beber. As casas de banho foram fechadas e temos de recorrer a casas próximas da escola ou a pagar entre cinco e vinte meticais nas instituições vizinhas para satisfazer as necessidades biológicas”, explicou outra discente do ISArC. Leia mais… Você pode gostar também Saúde alerta sobre consumo desregrado de anabolizantes NO GRANDE MAPUTO: Novos investimentos melhoram mobilidade Reaberto viaduto da ponte Maputo-KaTembe Jovem morre apedrejado DESTAQUESESCOLAfalta de água Compartilhar 0 FacebookTwitterPinterestEmail Artigo anterior Cadeia Central com lotação esgotada Próxima artigo MEDIDAS ALTERNATIVAS À PRISÃO: Reclusos rejeitados nas comunidades Artigos que também podes gostar Manifestantes paralisam mercado Zimpeto Há 3 horas Deficiente gestão de lixo Há 2 dias Persistem problemas na rede de esgotos Há 2 dias Empresas abandonam crateras Há 3 dias COM O PRAZO VENCIDO: Obras em colectores condicionam mobilidade Há 3 dias Dez detidos indiciados de roubo em mercearia Há 3 dias